São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

NBA pesa sobre Tiago Splitter

BASQUETE Único da seleção a atuar na liga, pivô diz ter mais responsabilidade no time

DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

O pivô Tiago Splitter, 26, viu aumentar sua responsabilidade na seleção brasileira quando se tornou o único da equipe a atuar na NBA.
O Pré-Olímpico em Mar del Plata, na Argentina, que começa depois de amanhã, é sua primeira competição pela equipe nacional desde que trocou a liga espanhola, na qual atuou por sete temporadas, pela dos Estados Unidos.
De Foz do Iguaçu, onde estava com a seleção na última etapa da preparação, o pivô do San Antonio Spurs falou à Folha. Declarou ter mais visibilidade, avisou que não mudará seu estilo de jogo e alertou que não deve estar 100% fisicamente na estreia contra a
Venezuela, na terça.

 

Folha - Ser o único jogador da NBA na seleção aumenta sua responsabilidade?
Tiago Splitter -
Aumenta. De cara, as pessoas pensam que aquele que joga na NBA é o melhor. Mas a gente sabe que não é assim. Eu cheguei por méritos à NBA, mas sempre fui de jogo coletivo, e foi por isso que cheguei lá.

O Brasil saiu prejudicado com as dispensas de Leandrinho, Nenê [que optaram por não integrar a seleção na competição] e Anderson Varejão [em recuperação de contusão]?
Eles fazem falta, mas não adianta ficar pensando "se eles estivessem aqui". Se a gente ficar chorando, imaginando, assim ninguém joga. Aí não adianta ir à Argentina

Você perdeu parte dos treinamentos por causa de uma lesão. Em que condição chegará a Mar del Plata?
Não sei se vou chegar 100% fisicamente. Mas quero estar 100% nas partidas decisivas, que são semifinal e final.

Depois do fim da temporada da NBA, você treinou arremessos nas férias. Você será mais efetivo ofensivamente durante o Pré-Olímpico?
Não vou mudar meu jogo. Nunca fui o maior pontuador do time. Já estamos cheios de pontuadores no Brasil, como Guilherme, Marcelinho Machado, Marquinhos. Quero completar o time bem, fazer um bom jogo coletivo. Porque, se cada um pensar em ser o cara do jogo, o cestinha, a gente não vai a lugar algum.

O que fazer para o Brasil não falhar neste Pré-Olímpico?
É doloroso não se classificar para a Olimpíada. Sempre chegamos perto. Em todos os outros torneios a gente ganhou, e nos Pré-Olímpicos a gente deixou a desejar. Agora nós estamos treinando muito. Vamos continuar melhorando a cada dia para chegar ao dia decisivo e ganhar. Agora, se a bola cair ou não cair, isso é decisão dos deuses do basquete. Pelo menos a gente vai ter feito nosso trabalho.

A Argentina é imbatível?
A Argentina não é imbatível. Já ganhamos deles, inclusive antes da medalha de ouro deles na Olimpíada de Atenas. Todo time tem seu dia ruim e bom. Vai depender de chegar ao dia decisivo e acordar com pé direito.

Existe fórmula para anular Manu Ginóbili, seu parceiro de San Antonio?
Ginóbili é espetacular. Vamos fazer de tudo para pará-lo e parar a Argentina, que não é só Ginóbili. A maior arma ofensiva da Argentina é o Luis Scola, que realmente faz a diferença no garrafão.


Texto Anterior: Maurren se classifica para a final com o melhor salto do dia
Próximo Texto: Equipe chega a Mar del Plata após título
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.