|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Seleção feminina é caso mais recente de punição
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da FPFS (Federação Paulista de Futebol de
Salão), Ciro Fontão, que faz
parte do sistema Fifa, alega que
a determinação para repassar à
Confederação Brasileira de Futebol de Salão nomes de jogadores que atuem sob regras que
não as da Fifa está expressa no
estatuto da entidade.
O documento determina que
apenas a CBFS pode representar o futsal brasileiro, regulamentado pela Fifa, dentro e fora do país. "Houve punições em
2006, quando jogadoras foram
disputar um campeonato internacional", diz Fontão.
Naquele ano, uma seleção feminina formada pela Confederação Nacional de Futebol de
Salão seguiu para a Argentina,
para a Copa do Mundo de Mulheres. Na volta, 12 atletas souberam que os registros na confederação estavam suspensos.
"A gente faz a notificação e
manda para a CBFS. Depois, as
atletas costumam recorrer. Dizem que não sabiam [da proibição], dizem até que foram enganadas", afirma Fontão.
Suelem de Souza foi das atletas punidas. "Eu não sabia das
restrições, e fui prejudicada
porque perdi uma bolsa de estudo integral que havia ganho
em uma faculdade. Como eu estava suspensa, não podia atuar,
então cortaram a bolsa", diz.
Amanhã, em Réus, na Espanha, começa a 1ª Copa do Mundo de Futsal Feminino da AMF.
Desta vez, não há perspectiva
de punição. "Fomos boicotados. Estávamos com patrocinadores certos para a viagem, mas
as federações fazem pressão,
divulgam que nossos campeonatos não são oficiais, e terminam espantando quem havia
decidido nos apoiar", diz Jadilmar da Silva, técnico da equipe.
Sem verba, o Brasil, que estava confirmado no torneio, teve
que abrir mão da vaga, ocupada
agora pela Bulgária.
Ciro Fontão nega boicote.
"Estamos acima disso, não boicotamos. Cada um tem que viver a sua vida. Se os possíveis
patrocinadores se desinteressam, não temos a ver."0
(GB)
Texto Anterior: Catalunha segue estilo separatista Próximo Texto: O que ver na TV Índice
|