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São Paulo, terça-feira, 28 de outubro de 2003

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Temporada 2003/2004 começa hoje com três partidas e 45% de novos titulares nas 29 equipes

NBA faz revolução e muda cara de favoritos e azarões

Kevork Djansezian/Associated Press
LeBron James, 18 anos e mais de US$ 100 milhões de patrocínio, a grande esperança do Cleveland


ADALBERTO LEISTER FILHO
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Dos favoritos aos azarões, com escala nos coadjuvantes. Na temporada 2003/2004 da NBA, que começa hoje com três partidas, a palavra de ordem é mudança.
Somados, os 29 times da liga norte-americana de basquete trocaram 45% de seus titulares em relação ao início da última edição.
Nada menos do que 23 agremiações alteraram pelo menos dois jogadores em seus times-base. Mais de uma dezena de equipes também apostou na mudança de treinador para evoluir.
A dança das cadeiras reúne figurões em busca de um título, estreantes badalados e substitutos para novos aposentados (lista que inclui muita gente que fez história, como Michael Jordan, o maior de todos, e John Stockton, recordista de assistências).
Os mais fortes candidatos ao título, quase todos da Conferência Oeste, estão nessa situação.
Atual campeão, o San Antonio Spurs não tem mais o pivô David Robinson, que pendurou o tênis, e o ala Stephen Jackson, que não teve seu contrato renovado, na sua formação titular. Além disso, perdeu reservas importantes, como os armadores Speedy Claxton e Steve Kerr. Para suprir tais desfalques, os dirigentes texanos foram para o mercado, contratando seis novos jogadores.
Revolução maior fez o Los Angeles Lakers, que tenta recuperar a hegemonia perdida para o San Antonio. Do time titular do ano passado, só os astros Shaquille O'Neal e Kobe Bryant -que responde acusação por estupro- estão na mesma situação agora.
Ao lado da dupla, estarão os veteranos Gary Payton e Karl Malone, que assinaram contratos "modestos" para terem a chance de, enfim, ganharem o título da NBA.
Atual bicampeão da Conferência Leste, o New Jersey Nets também resolveu mudar. Para ter chance contra os times do Oeste e seus famosos pivôs, a equipe trouxe Alonzo Mourning, do Miami, para o seu garrafão.
Se para quem já tinha um esquadrão a opção foi mudar, para os times mais fracos a renovação é uma questão de sobrevivência.
Prova disso está no Denver Nuggets, do brasileiro Nenê. A equipe do Colorado terá três novos titulares, incluindo Carmelo Anthony, um dos mais fortes candidato ao título de calouro do ano.
Mas, entre os novatos, ninguém é mais símbolo de mudança do que o armador LeBron James.
Com apenas 18 anos e mais de US$ 100 milhões de dólares garantidos em contratos de patrocínio, ele tem a missão de ser uma das maiores estrelas da liga no Cleveland Cavaliers, que na temporada passada só venceu 17 dos 82 jogos da temporada regular.
"Eu estou pronto", diz James, que, assim como Jordan, usa a camisa com o número 23 nas costas.

Sintonia
Com tantas mudanças, o desentrosamento deve ser a tônica do começo da temporada.
"Eu não sei quando nós tocaremos uma bela música. Espero que seja logo, mas não será na estréia", diz Don Nelson, técnico do Dallas Mavericks, que trouxe Antoine Walker, ex-Boston, e Antawn Jamison, ex-Golden State, para o seu quinteto titular.
Além de jogadores e técnicos, a NBA já planeja outra mudança. Esta é a última temporada com a atual configuração de conferências e divisões. A partir do próximo ano, com a entrada da uma nova equipe -o Charlotte Bobcats-, a liga terá 30 times e uma nova divisão de seus grupos.


NA TV - Phoenix x San Antonio, às 23h, e Dallas x LA Lakers, à 1h30, ao vivo, na ESPN International


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