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Parada em atleta tem origem distinta
DA REPORTAGEM LOCAL
As causas de uma parada cardiorrespiratória em atletas são diferentes das que geram o problema no resto da população, diz o
cardiologista Sérgio Timerman,
do Incor (Instituto do Coração do
Hospital das Clínicas), de São
Paulo, e presidente da Fundação
Interamericana do Coração.
Segundo o médico, enquanto o
infarto agudo do miocárdio é a
principal causa de parada cardiorrespiratória na maioria das
pessoas, 50% das mortes súbitas
de atletas são causadas por um
aumento muscular do coração.
O resultado final, porém, é o
mesmo: a fibrilação ventricular
(quando o coração bate de forma
acelerada e desordenada), que é
responsável por 85% das mortes
súbitas, incluindo as de atletas. O
problema só pode ser superado
com o uso do desfibrilador. De
preferência, dentro dos primeiros
quatro minutos após o ataque.
A cada minuto, a pessoa perde
10% das chances de sobrevivência. Segundo Timermam, em 95%
dos casos ocorridos fora do ambiente hospitalar, a pessoa morre
antes de chegar ao hospital.
Entre os clubes, o Palmeiras é
um dos únicos do país que possui
um desfibrilador portátil. Em todos os jogos do time, os médicos
levam consigo o equipamento,
comprado por cerca de US$ 10
mil. "Temos um desfibrilador e
material para entubação e reanimação", diz o médico do Palmeiras Vinicius Martins. "É um equipamento que nunca ninguém
acha vai ser usado, mas que previne problemas caso aconteça algo
no meio do campo", completa.
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