DA REPORTAGEM LOCAL

"Não sei como chegou lá esse copo d'água", disse à Folha o empresário José Ricardo Romano Menon, 40, que atirou o objeto que pode custar a perda de mando de campo ao Palmeiras. (KT)
 

Folha - Por que fez isso?
José Ricardo Romano Menon - Não sei como chegou lá esse copo d'água. Estou errado, mas foi um gesto involuntário, impensado. A intenção era me desfazer do copo. Estava sentado. Aí, todos se levantaram, fiz o mesmo e arremessei o copo, que comprei para beber.

Folha - Se foi sem querer, como o copo caiu no campo?
Menon - Sou grande e forte, tenho 1,90 m e peso 110 quilos. Minha mulher até fala para eu tomar cuidado quando tento tirar algo das mãos dos meus filhos para não machucá-los.

Folha - Mas o Palmeiras pode perder o mando...
Menon - Sei do que acontece no futebol. Sou palmeirense roxo. Na minha carteira, tenho foto dos três filhos com a camisa do clube. Meu avô, nos anos 30, foi conselheiro. Mas na hora, com a cabeça quente, esqueci isso. Depois, me senti como avestruz de desenho animado. Estou arrependido e não sou a favor da perda de mando, pois foi ação inconsciente.

Folha - O que você fará?
Menon - Gostaria de retratar o meu erro. Não comi e nem fui trabalhar hoje [ontem]. Mas quero voltar ao Parque Antarctica. Tenho medo agora, porque quase fui linchado, mas pedi desculpas e fiz questão de acompanhar a polícia.


Texto Anterior: Futebol: Palmeiras estréia torcida que canta, vibra e patrulha
Próximo Texto: Clube põe em xeque isenção de Zveiter
Índice