São Paulo, quinta-feira, 28 de outubro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Parreira reforça fôlego da seleção para enfrentar altitude de Quito

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

O técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, decidiu trocar os "pulmões" para enfrentar o Equador, dia 17, na altitude de Quito, e fechar o ano na liderança das eliminatórias da Copa do Mundo de 2006.
Ontem à tarde, o treinador anunciou quatro mudanças em relação ao grupo que foi convocado para o jogos contra a Venezuela e Colômbia, no início do mês. O meia Júlio Baptista, o lateral Gilberto e os volantes Kléberson e Dudu Cearense foram as novidades da convocação. Todos são conhecidos pelo forte vigor físico.
Com isso, Parreira deixou de fora o meia Alex, o lateral Maxwell e o volante Magrão. Alex e Magrão foram titulares no frustrante empate diante dos colombianos, por 0 a 0, em Maceió.
"Além de estar em grande fase, o Júlio Baptista foi escolhido por ter uma boa força física para enfrentar a altitude. O Kléberson também é um privilegiado neste aspecto", disse o treinador ao justificar a opção por esses atletas.
A altitude é a principal preocupação de Parreira para a partida em Quito, que está localizado cerca de 2.800 metros acima do nível do mar. Embora faça uma campanha irregular na competição, o Equador só conseguiu pontuar no torneio jogando em Quito. O time tem 13 pontos nas eliminatórias. Além do bom retrospecto dos equatorianos jogando em casa, a seleção já demostrou ter dificuldade para superar a altitude.
Nas eliminatórias passadas, o Brasil perdeu os dois jogos em cidades altas -Quito e La Paz. "A altitude é sempre um complicador. A atenção tem sempre que ser especial", disse Parreira.
Como se não bastasse a altitude, o jogo em Quito terá uma importância especial para a seleção. O time poderá fechar o ano na liderança das eliminatórias. Neste caso, a equipe comandada por Parreira precisa vencer para não precisar do resultado dos adversários. Na próxima rodada, os argentinos enfrentarão a Venezuela, em Buenos Aires. Um adversário teoricamente mais fraco, segundo Parreira. A seleção lidera as eliminatórias, com 20 pontos. A Argentina tem 19.
"Apesar da altitude, acredito que temos todas as condições de vencer o Equador e fechar o ano em uma posição privilegiada", disse o treinador.
Para o jogo contra os equatorianos, a novidade certa será a volta do meia-atacante Kaká, que cumpriu suspensão na última partida. No meio-campo, o volante Renato deverá ser mantido no setor.


Texto Anterior: Fifa inova com vestibular de árbitros
Próximo Texto: Time vai treinar no nível do mar
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.