DA REPORTAGEM LOCAL

Felipe Massa fechou o Mundial de F-1 em 12º lugar e estará longe de Mônaco quando a FIA entregar os troféus de campeões a Michael Schumacher e à Ferrari.
Mas o brasileiro da Sauber terminou a temporada no domingo, em Interlagos, com um título informal, dos mais cobiçados. Foi, em 2004, o piloto mais arrojado da categoria. Ninguém ultrapassou tantos adversários como ele.
Levantamento feito pelo site inglês www.talkaboutautos.com, especializado em discussões automobilísticas, mostra que Massa executou 29 ultrapassagens ao longo dos 18 GPs do campeonato.
A pesquisa não leva em conta trocas de posições em pit stops, voltas recuperadas ou perdidas por retardatários e manobras nas largadas, por deturparem a concepção "pura" de ultrapassagem.
Depois de Massa, o piloto mais agressivo do ano foi David Coulthard, da McLaren, ainda sem emprego em 2005: 25 manobras.
"Não imaginava ser o líder dessa estatística, até porque não sabia que ela existia", disse Massa, ontem. "Mas isso vem do meu estilo. Na minha carreira, sempre fui um piloto arrojado, que arrisca."
Uma marca que, em 2002, lhe rendeu críticas de Peter Sauber. Em seu primeiro ano na categoria, o piloto abandonou cinco das 16 etapas que disputou por ter rodado ou batido. E não correu uma prova, nos EUA, por ter sido punido em um acidente na Itália.
Neste ano, o arrojo não significou abandonos. Massa deixou só dois GPs por acidentes, no Canadá e nos EUA -no último, envolvido em uma batida múltipla com Giorgio Pantano, Christian Klien e Gianmaria Bruni.
"Aprendi muito com a experiência. Não reduzi meu arrojo, mas não cometo mais os erros de antes", explicou o brasileiro, que aparece ainda como o terceiro piloto que mais foi ultrapassado, reflexo de alguns "xis" (quando o piloto superado logo recupera a posição) que levou na temporada.
O GP do Japão foi fundamental para que ele conquistasse a condição de piloto mais agressivo do ano. Foram nove ultrapassagens, sendo uma sobre Jacques Villeneuve, da Renault, que será seu companheiro no ano que vem.
Depois de Massa, o brasileiro mais bem colocado no ranking é Rubens Barrichello, em sexto, com 18 ultrapassagens no ano -Michael Schumacher fez 17.
Antonio Pizzonia foi outro destaque. Em apenas quatro GPs pela Williams, ultrapassou 11 adversários. Ralf Schumacher correu o triplo de corridas com o mesmo carro e fez 12 ultrapassagens.
Entre as pistas, Interlagos é a que mais permite ultrapassagens. Em média, desde 97, o GP Brasil registrou 29,8 por edição. Depois aparece Indianápolis, com 29.


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