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SP em alerta
Líder, São Paulo mascara mau ano do bloco paulista
Com quatro equipes ameaçadas de rebaixamento, Estado pode ter em 2007 seu menor número de equipes na Série A
Na Série B, Paulista é único com chances de ascender, enquanto Portuguesa e Guarani vêem de perto o abismo da terceira divisão
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O virtual título do São Paulo,
que visita o Figueirense hoje,
pode representar o 13º do Estado mais rico do país. E pode ser
a única comemoração num ano
em que o futebol paulista sofre
nas três divisões nacionais e
que ainda pode culminar com
um recorde negativo em 2007.
Desde a criação do Brasileiro,
em 1971, nunca o Estado de SP
teve menos que cinco representantes na Série A. No ano
que vem, pode ter apenas quatro -igualando o rival RJ.
Antes o bloco mais numeroso
por Estado na elite, os paulistas
hoje assistem a seus representantes flertarem com a zona de
rebaixamento nas duas principais divisões do Nacional.
Mais bem colocada entre os
que hoje estariam condenados,
a Ponte Preta tem 33 pontos. A
curto prazo e com um jogo a
menos, pode tentar sobreviver
à custa de um carioca, o Fluminense, que tem 35, ou de dois
conterrâneos: Palmeiras, 37, e
Corinthians, 38, que ainda não
tranqüilizam seus torcedores.
Pode-se argumentar que o
Santos, em quarto, é sério candidato à vaga da Taça Libertadores ao lado do líder São Paulo, mas duas vagas representam
a metade do que o Estado obteve na Libertadores deste ano.
Foram três vagas pelo Brasileiro e uma do Paulista, pela conquista da Copa do Brasil.
Desde 2003, quando o Palmeiras emergiu do calvário da
B, nenhum time paulista obteve vaga na elite nacional. Neste
ano, em uma edição por pontos
corridos na qual sobem quatro
clubes, o Paulista é o mais próximo disso, mas está em quinto.
Do lado de baixo da Segundona, a Portuguesa prossegue na
lanterna, e o Guarani tangencia
a zona de descenso. Tem apenas um ponto a mais que Remo
e Vila Nova, as primeiras entre
as quatro equipes a perigo.
No octogonal da Série C, só o
Grêmio Barueri resiste em
quarto -última vaga de acesso.
No São Paulo, a meta é o título, mas, para quem participa da
gestão do clube, a previsão de
ser o expoente em meio à decadência não satisfaz.
"É um mau presságio. Porque as gestões ruins alarmam
acima do necessário. O que às
vezes pode ser uma crise técnica, ou seja, uma fase, pode ser
encarada como crise administrativa", diz Marco Aurélio Cunha, superintendente do futebol do São Paulo, que não vê
grandes responsabilidades em
relação à federação paulista.
"Mas , como órgão mediador,
deveria promover debates para
tentar reparar o que está havendo", acredita ele.
Para o presidente da federação paulista, Marco Polo Del
Nero, a recuperação deve vir
dos próprios clubes.
"O nosso papel hoje é apenas
o de alarmar. Financeiramente
não podemos ajudar nem comprar jogadores O Brasileiro
mudou, caem 20% dos clubes.
A competição mudou, e os clubes devem estar atentos a isso."
NA TV - Figueirense x São Paulo
Globo (para São Paulo e Campinas),
ao vivo, às 16h
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