RICARDO SETYON
ESPECIAL PARA A FOLHA, EM DUBAI

A seleção brasileira sub-20 estréia hoje no Mundial dos Emirados Árabes em clima de euforia.
Em campo, a equipe enfrenta o Canadá em Dubai. Fora dele, tenta corresponder ao frisson que causou nos torcedores locais.
Os árabes compareceram a todos os treinos e lotaram o hotel da seleção, a mais badalada entre as 24 que disputam a taça.
O presidente do país, Al-Sheikh Zayed, notou que o furor poderia causar estragos ao patrimônio público de Dubai e fez um pedido oficial à Fifa na última segunda para que o Brasil jogasse com os portões abertos. A entidade optou por abrir mão dos ingressos em todos os jogos do torneio.
A recepção calorosa assustou até atletas acostumados com grandes massas. É o caso de Coelho, lateral do Corinthians.
"A torcida do Corinthians é fanática, mas nunca vi nada igual. Eles [os árabes] são completamente loucos por futebol. Esperamos corresponder", disse.
Comandado por Marcos Paquetá, o Brasil tenta quebrar um jejum que já dura dez anos. O técnico acredita que o principal rival é a Argentina, atual campeã.
Paquetá espera que o caso do atacante Tevez, que se recusou a jogar o Mundial para defender o Boca Juniors, tenha abalado o ambiente dos rivais. "Para nós, isso seria muito bom, pois eles são favoritos", diz o treinador.