São Paulo, quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

pacaembu, 21h45

Corinthians joga por fim do purgatório

Em meio à crise, time precisa vencer Vasco e torcer por derrota do Goiás para fugir da Série B antes da última rodada

Na reta final, equipe desafia contratempos como longo intervalo sem atuar, perda recorde de atletas e péssimo retrospecto contra cariocas


EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O martírio do Corinthians pode chegar ao fim. Num ano para ser esquecido, uma vitória contra o Vasco, às 21h45, no Pacaembu, fará o clube, que está à beira do abismo, com sua imagem em frangalhos, com suas contas esburacadas e com um de seus piores times na história, enfim, respirar novos ares.
A noite de hoje pode simbolizar o início de uma reação, de tempos melhores, ou pode significar a conseqüência mais dolorosa de uma administração marcada por atos suspeitos praticados por seus dirigentes fora de campo ao longo dos dois anos de parceria com a MSI.
"É um jogo de vida ou morte", diz Antoine Gebran, vice-presidente de futebol.
O fato é que, no momento final, tudo parece conspirar contra uma equipe que vem cambaleando ao longo de praticamente todo o campeonato.
Para enfrentar o Vasco, o Corinthians terá de superar contratempos surgidos justamente no momento mais inapropriado, o que praticamente decide seu futuro na primeira divisão.
O triunfo hoje, combinado com uma derrota do Goiás, 17º, com 42 pontos, livra a equipe alvinegra, 16ª, com 43 pontos, do rebaixamento à Série B.
Foram 14 dias de muita agonia no Parque São Jorge à espera do confronto. Longo intervalo provocado pelos jogos da seleção brasileira nas eliminatórias e pelo interesse da TV Globo em transmitir a partida.
O tempo extra para treinar, porém, não têm se mostrado bons para os corintianos. Ao longo do Brasileiro, o time disputou 13 jogos em que teve ao menos cinco dias para se preparar. Ganhou só duas vezes, empatou oito e perdeu cinco.
Não à toa, o técnico Nelsinho Baptista e o goleiro Felipe reclamaram do espaço. "Eu continuo achando que o tempo extra não foi o que esperávamos", afirmou o treinador corintiano.
Durante esses dias, novos problemas apareceram. E, pela primeira vez, após 36 rodadas deste Nacional, um treinador corintiano será obrigado a mudar cinco jogadores no time titular contra sua vontade.
Três deles, Finazzi, Moradei e Zelão, estão suspensos. Dois, Iran e Gustavo Nery, lesionados. Finazzi, aliás, artilheiro do Corinthians na temporada, com 13 gols, está fora do campeonato. O STJD indeferiu ontem pedido do clube para um efeito suspensivo. O atacante fora suspenso por ofender o árbitro no empate com o Goiás.
Não bastasse isso, o time alvinegro tem retrospecto péssimo contra equipes fluminenses neste Brasileiro. Dos sete confrontos diante de times do Estado do Rio, venceu apenas um, o Botafogo, no Maracanã.
"Podemos apagar tudo de ruim ou de bom que fizemos até hoje. Esperamos conseguir apagar o que tivemos de ruim. Teremos a oportunidade contra o Vasco. Se vencermos e o Goiás perder, já estará resolvido", resumiu Felipe.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Fonte Nova acaba; nova arena pode ser estatal
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.