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Fonte Nova acaba; nova arena pode ser estatal
Governo da Bahia anuncia implosão do estádio onde morreram 7 no domingo
Jaques Wagner afirma que campo para Copa-2014 tem chance de ser bancado pelos cofres públicos se parceria com iniciativa privada falhar
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), anunciou
ontem que a Fonte Nova, inaugurada em 1951 e ampliada em
1971, será implodida, em conseqüência do desabamento de
parte do anel superior da arquibancada que provocou a morte
de sete torcedores e deixou
mais de 80 feridos no domingo
em Bahia x Vila Nova.
Será o primeiro estádio brasileiro que já hospedou uma final do Nacional a ser demolido.
De acordo com o governador,
no local da Fonte Nova (no centro de Salvador) será construído um novo estádio. "Quero dotar a Bahia de um estádio digno.
O acidente de domingo só fez
acelerar a minha decisão."
E a nova arena já pode contrariar a CBF, que prega que os
estádios para o Mundial de
2014 serão construídos por investidores privados.
De acordo com o governador,
o estádio que substituirá a Fonte Nova deve ser construído na
modelagem de PPP (parceria
público-privada). "Estamos estudando essa possibilidade.
Mas, se não for possível, o Estado irá arcar com o custo dessa
implantação", disse Wagner.
A nova arena, afirmou, deverá custar em torno de R$ 300
milhões a R$ 350 milhões.
Para Wagner, o novo estádio
que será construído terá condições de abrigar partidas da Copa de 2014. "Todos sabem da
minha inclinação em implodir
a Fonte Nova. Isso foi dito diversas vezes antes da tragédia
do domingo. Já temos um projeto em andamento que prevê,
além da construção do estádio,
um shopping center e um estacionamento", declarou.
Wagner disse ainda que, antes de tomar a decisão, pensou
em construir o estádio em um
outro local. "Prevaleceu a decisão de aproveitar a área já existente. Vamos apagar essa velha
Fonte Nova e proporcionar aos
torcedores baianos um estádio
digno", afirmou o petista.
O início das obras não está
marcado. Nos próximos dias, o
governo deve intensificar contatos com empresas dispostas a
bancar parte dos custos.
O Departamento de Polícia
Técnica informou ontem que o
laudo que vai apontar as causas
do acidente deverá ser divulgado na próxima semana.
O governo baiano diz aguardar o resultado da perícia para
tomar decisão sobre eventuais
indenizações às famílias dos
mortos e feridos. Por enquanto,
o Estado arcou com as despesas
de enterros e internações.
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