São Paulo, domingo, 28 de novembro de 2010

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Família celebra ida de meia para o Chile em 2004

GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES

Darío Conca, 27, é o caçula de uma família fanática por futebol. Cresceu em um bairro pobre da cidade de Tigre, na região metropolitana de Buenos Aires.
Desde os seis anos, jogava no time da comunidade da Aviação, que mobilizava também os pais e os três irmãos do meia.
O pai, Roberto, morto em 2004, deixava a oficina mecânica para treinar a equipe. A mãe, Dora, trabalhava de mesária nos campeonatos amadores.
Ambos incentivaram os filhos a seguirem carreira. Jorge, 33, e Daniel, 30, ficaram pelo caminho. Paola, 32, só jogava por diversão.
"Apesar de ser tímido com a imprensa, Conca é brincalhão", diz Daniel.
Louco por pebolim, sinuca e vídeo game, só aceita um desafio se tiver aposta. "Pode ser qualquer coisa, uma Coca ou dinheiro, mas ele só joga se estiver valendo algo."
A carreira de Conca teve ao menos dois momentos difíceis, segundo Daniel. Um deles no início, ainda na base do River Plate.
A falta de dinheiro obrigou o meia a deixar os treinos por alguns meses porque não havia dinheiro para o transporte. Depois, Conca continuou improvisando com bicicleta, trem, ônibus e sola de sapato, de acordo com o irmão.
Em 2004, enfrentou a distância da família ao se mudar para o Chile meses após a morte do pai.
"Bendita a hora em que Darío deixou a reserva do River para jogar no Chile" é frase de consenso entre parentes e amigos.
Hoje, a família continua vivendo no mesmo bairro, mas num sobrado novo e com decoração moderna.


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