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BC impede remessa para clube
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Corinthians foi impedido de
receber US$ 2 milhões enviados
pela MSI do exterior por irregularidades cometidas pela empresa
no registro da operação no Banco
Central. O BC informou ontem,
por meio de sua assessoria, que o
registro estava "inadequado" e
que, por isso, a transação foi automaticamente rejeitada pelo sistema utilizado nessas transações.
Todas as operações de entrada e
saída de dólares do país devem,
obrigatoriamente, ser registradas
no BC. Caso haja problemas no
registro, os bancos ficam impedidos de efetivar a transação.
Ainda de acordo com o BC, os
recursos podem ser liberados tão
logo o problema no registro seja
corrigido. O BC não informou
qual seria exatamente a irregularidade encontrada na operação entre a MSI e o Corinthians.
A diretoria do Corinthians diz
que um problema de identificação no código bancário denominado Charlie atrasou a chegada
do adiantamento. Segundo o diretor financeiro, Carlos Roberto
de Mello, o dinheiro, que saiu da
Europa, parou em um banco em
Nova York, de onde viria para o
Brasil em seguida. A MSI diz desconhecer o problema.
O dinheiro serviria como adiantamento dos US$ 20 milhões que
a MSI deve pagar ao clube em janeiro. Os US$ 2 milhões serão
usados para quitar parte das dívidas do Corinthians neste fim de
ano, como era o desejo do presidente do clube, Alberto Dualib.
A forma como a MSI vai investir
no Corinthians sempre esteve no
centro das discussões entre os
opositores da parceria.
Kia Joorabchian, o chefe da
MSI, admitiu à Folha que havia
fundado a empresa nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal,
para fugir de impostos.
Na primeira tentativa de aprovação do acordo, o conselho corintiano o vetou justamente por
querer mais garantias no envio do
dinheiro para o Brasil. Os conselheiros exigiram que as verbas
fossem enviadas por bancos internacionais de primeira linha.
Colaborou a Reportagem Local
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