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Mustafá, na oposição, lamenta ter de "fiscalizar"
DA REPORTAGEM LOCAL
DO PAINEL FC
Mustafá Contursi deixou de
ser presidente do Palmeiras,
cadeira que ocupou por 12
anos, para tentar alçar vôos
mais altos como cartola.
Em janeiro de 2005, quando
cedeu o lugar para seu sucessor
-e, então, aliado- Affonso della Monica, era presidente do
Sindicato do Futebol, representante da América do Sul na
Fifa e um dos vice-presidentes
do Clube dos 13.
Mas a base que o ajudou a decolar também o obrigou a brecar sua ascensão como dirigente e voltar a olhar para o Parque
Antarctica, desta vez como
opositor ferrenho a seu ex-vice.
Não fosse pela briga política
com Della Monica e a atual situação palmeirense, que lhe
custou o lugar no C13, Mustafá
estaria mais distante do clube
alviverde. E, segundo ele mesmo, mais relaxado, curtindo o
tempo livre que tem quando
não está à frente de nenhuma
entidade. "Sou um homem de
muitas posses. Sempre fui,
mesmo antes de dirigir o Palmeiras", reitera.
Mustafá, quando decidiu que
não tentaria uma nova reeleição, em 2005, afirmou ter largado a presidência do Palmeiras por ter "ficado tempo demais". Hoje, lamenta, ainda ter
de se preocupar com o clube.
"Minha, digamos, aposentadoria do Palmeiras seria mais
tranqüila. Tenho mais tempo
para fazer outras coisas, mas
poderia ter ainda mais. Sou
obrigado a me dedicar a fiscalizar a atual administração", discursa, em tom heróico, como se
estivesse prestes a realizar um
salvamento de última hora.
No caso, o do Palmeiras, clube que julga financeiramente
quebrado.
(EAR, PGA E RP)
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