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Fora do Vasco, Eurico fuma menos e recupera saúde
DA REPORTAGEM LOCAL
DO PAINEL FC
Em junho, Eurico Miranda
se despediu do Vasco depois de
quase 40 anos como figura
atuante. E, por boa parte desse
período, como dirigente centralizador e com mão-de-ferro.
Mas, seis meses depois de ter
saído de cena, diz ainda não ter
conseguido se desvencilhar da
imagem de dirigente vascaíno e
nem de ter sua figura muito
atrelada às coisas do clube,
mesmo evitando freqüentar as
alamedas de São Januário, onde ainda ostenta o título de sócio grande benemérito.
"Participação efetiva não tenho mais. Quero distância daquela gente que está lá", diz,
amargurado, atacando seu sucessor, Roberto Dinamite, e a
gestão do ex-jogador.
Mas, numa mistura de orgulho e aflição, completa: "Não
consigo me afastar do Vasco. As
pessoas que agora são oposição
pedem meus conselhos".
Sem ter de cumprir a rotina
diária de estar em São Januário, em sua sala com vista para o
gramado do estádio vascaíno, o
ex-dirigente diz ter retomado
sua profissão. "Voltei ao escritório de advocacia. Agora cuido
dos meus negócios", diz.
Negócios que, segundo o ex-dirigente, lhe tomam bem menos tempo, deixando-o mais
disponível para sua família.
"Tenho mais tempo para ficar
com meus filhos."
Os problemas cardíacos que
incomodavam o ex-presidente
de 64 anos nos últimos tempos
já não são mais constantes.
"Minha saúde está boa. Melhorou bastante", diz Eurico, que
deixou de fumar seis charutos
por dia, marca dos tempos de
dirigente vascaíno. "Agora diminuí. Quando fumo, são dois
ou três", conta.
(EAR, PGA E RP)
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