DA REPORTAGEM LOCAL

Certa ou não com sua estratégia seguida em 2008, a Anad (Agência Nacional Antidoping) pretende mudar de plano para o ano que vem.
De acordo com Rafael de Souza Trindade, coordenador-médico da entidade, a idéia é intensificar os testes fora de competição.
Para isso, os 400 principais competidores do atletismo brasileiro terão que se cadastrar no site da Anad.
No questionário, que precisará ser respondido, os atletas terão que explicar sua rotina diária de treinamentos, viagens e competições.
Além disso, terão que dizer onde poderão ser encontrados durante todo o dia para realizar testes surpresa.
Atualmente, para fazer uma coleta fora de competição, o oficial antidoping da Anad normalmente telefona para o atleta ou para seu treinador avisando-o da exame.
Esse método de comunicação pode gerar uma "escapada" de fraudadores para evitar um teste positivo.
Pela regra do Código Mundial Antidoping da Wada, o atleta só será considerado como um caso positivo na terceira vez em que não comparecer a um teste fora de competição.
"Agora, eles terão que comunicar onde estarão durante todo o dia. Se houver algum imprevisto ou mudança em sua rotina, será preciso alterar o cadastro", conta.
Esse plano é recomendado pela Agência Mundial Antidoping, que acredita ser mais provável encontrar um caso positivo se o atleta for pego totalmente de surpresa. A estratégia também gera maior inibição aos fraudadores.
"Se o sujeito não sabe quando será testado, é mais provável que evite se dopar", afirma Thomaz Mattos de Paiva, presidente da Anad.
Foram seguidos alguns critérios para confeccionar a relação dos 400 inscritos no programa. "Serão os cinco melhores de cada prova, as promessas, os suspensos que estejam querendo voltar às competições e os que forem denunciados", diz Trindade.
Segundo ele, o número de testes deve crescer em relação a 2008. "A cada ano aumentamos um pouco. Neste ano, devemos terminar com umas 400 análises." (ALF)


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