São Paulo, terça-feira, 28 de dezembro de 2010

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Gravidez tira favorita da corrida

SÃO SILVESTRE
Campeã de 2009, queniana Pasalia Chepkorir, de 1,42 m, não vem ao Brasil


DANIEL BRITO
DE SÃO PAULO

Pasalia Kipkoech Chepkorir, a queniana de discurso ousado vencedora da última edição da São Silvestre, não poderá defender seu título em 2010 por estar grávida.
Em seu lugar, a organização da prova convidou a também queniana Alice Timbilil, campeã de 2007, para assumir o papel de protagonista.
Chepkorir era nome certo em 31 de dezembro nas ruas de São Paulo por saber apimentar a disputa pelo primeiro lugar do pódio.
Às vésperas da corrida do ano passado, ela desdenhou de todas as atletas brasileiras. "É muito fácil ganhar no Brasil", vaticinara a atleta.
Ao final dos 15 quilômetros, sua previsão se confirmou: campeã com o tempo de 52min30s. O que provocou a fúria da baiana Marily dos Santos, a melhor brasileira ao terminar em terceiro.
"O Quênia tem que respeitar o Brasil. Eu não fui a primeira, mas veja quantas estrangeiras chegaram atrás de mim", respondeu Marily.
Chepkorir chama a atenção por ter 1,42 m de altura e 37 quilos. De acordo com seu perfil no site da Iaaf, a entidade que controla o atletismo, ela completará 22 anos em janeiro -apesar de no ano passado a organização da corrida paulistana ter divulgado que a queniana tinha 26.
Moacir Marconi, o Coquinho, técnico que conduz os treinamentos dos corredores africanos no Brasil, não soube informar quando nascerá o filho de Chepkorir.
Com a ausência da atual campeã, Timbilil terá de fazer um esforço para voltar a participar de provas com percursos mais curtos.
Sua vitória em 2007 serviu para alavancar sua carreira à condição de maratonista. Após três temporadas, conseguiu vencer a primeira neste ano, em Amsterdã, no último mês de outubro.
Vencedora de 2008, a etíope Yimer Wude Ayalew nunca mais voltou ao Brasil.
E, se fosse convidada a disputar a São Silvestre, poderia deixar a prova sem graça.
Em 2010, ela chegou à marca dos 48 minutos em competições de 15 quilômetros- três minutos a menos que a média das últimas dez vencedoras em São Paulo.
A última brasileira a triunfar na São Silvestre, a mineira Lucélia Peres (ganhou em 2006), não participa em 2010 por se recuperar de lesão.


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