São Paulo, sexta, 29 de janeiro de 1999

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Entidade explica diferença

da Sucursal do Rio

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), por meio de sua assessoria de imprensa, informou ontem que a diferença de cerca de R$ 1 milhão entre o valor que a Traffic diz ter repassado a ela no ano passado e os dados publicados na prestação de contas do Departamento de Finanças da entidade deve-se ao direito de arena pago aos membros de todas as comissão técnicas e seleções em 1998.
A Traffic é a empresa que agencia a entidade.
A CBF alega que os valores fornecidos pela agência de publicidade não batem com a prestação de contas da entidade porque foi descontado da cota da Coca-Cola -R$ 4.798.677,00- 20% do direito de arena.
Com isso, a cota do contrato da Coca-Cola recebida pela entidade seria de R$ 3.838.942,00. Sendo assim, ao somar esse valor com os R$ 250 mil de publicidade estática dos amistosos da seleção em 98, a entidade teria recebido o valor declarado na prestação de contas -R$ 4.088.940,00.
Apesar da alegação, o valor do direito de arena não está discriminado nos documentos oficiais do Departamento de Finanças da CBF.
Ontem, a Folha tentou falar com o diretor financeiro da confederação, José Carlos Salim, e o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, mas eles se recusaram a dar entrevista.
De acordo com a Traffic, foram depositados na conta da CBF os valores dos contratos da Coca-Cola e de publicidade estática em todos os jogos da seleção brasileira no país em 1998 (R$ 4.798.677,00 mais cerca de R$ 250 mil, já descontados os 20% de sua comissão).
Os números revelados na prestação de contas da CBF de 1998 entram em choque com o suposto sucesso financeiro da gestão de Ricardo Teixeira, propalado por ele.
No segundo semestre,o dirigente vai tentar se reeleger. Ele está no terceiro mandato.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.