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Entidade explica diferença
da Sucursal do Rio
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), por meio de
sua assessoria de imprensa, informou ontem que a diferença
de cerca de R$ 1 milhão entre o
valor que a Traffic diz ter repassado a ela no ano passado e os
dados publicados na prestação
de contas do Departamento de
Finanças da entidade deve-se
ao direito de arena pago aos
membros de todas as comissão
técnicas e seleções em 1998.
A Traffic é a empresa que
agencia a entidade.
A CBF alega que os valores
fornecidos pela agência de publicidade não batem com a
prestação de contas da entidade porque foi descontado da
cota da Coca-Cola -R$
4.798.677,00- 20% do direito
de arena.
Com isso, a cota do contrato
da Coca-Cola recebida pela entidade seria de R$ 3.838.942,00.
Sendo assim, ao somar esse valor com os R$ 250 mil de publicidade estática dos amistosos
da seleção em 98, a entidade teria recebido o valor declarado
na prestação de contas -R$
4.088.940,00.
Apesar da alegação, o valor
do direito de arena não está
discriminado nos documentos
oficiais do Departamento de
Finanças da CBF.
Ontem, a Folha tentou falar
com o diretor financeiro da
confederação, José Carlos Salim, e o presidente da entidade,
Ricardo Teixeira, mas eles se
recusaram a dar entrevista.
De acordo com a Traffic, foram depositados na conta da
CBF os valores dos contratos
da Coca-Cola e de publicidade
estática em todos os jogos da
seleção brasileira no país em
1998 (R$ 4.798.677,00 mais cerca de R$ 250 mil, já descontados os 20% de sua comissão).
Os números revelados na
prestação de contas da CBF de
1998 entram em choque com o
suposto sucesso financeiro da
gestão de Ricardo Teixeira,
propalado por ele.
No segundo semestre,o dirigente vai tentar se reeleger. Ele
está no terceiro mandato.
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