São Paulo, quarta-feira, 29 de março de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Para Muricy Ramalho, desempenho do América fora de casa é um alerta

Em casa, São Paulo desafia visitante inconveniente

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

A seqüência de caça ao líder Santos por parte do São Paulo tem mais um capítulo hoje às 20h30 no Morumbi.
No entanto, o que poderiam ser favas contadas pela força do time são-paulino em seu território, surge como complicador, já que o adversário de hoje é o América, que traz no seu histórico de 2006 pelo Estadual dois rótulos indigestos: o de visitante eficiente e de pedra no sapato dos grandes.
Com 62,5% de aproveitamento fora de casa, o América é, ao lado do São Paulo, o time que mais venceu em estádio alheio (cinco triunfos). Pior, goleou o Palmeiras em pleno Parque Antarctica, derrotou o Corinthians e só perdeu para o Santos.
Mas se o América é o terror dos adversários como visitante, em casa, não repete o desempenho. Sua eficácia despenca dos 62,5% para meros 25%.
Conhecedor das dificuldades de enfrentar um time "chato", o próprio técnico Muricy Ramalho alerta o seu time. "O Campeonato Paulista é muito complicado. O Bragantino complicou a gente e pode fazer o mesmo contra o Santos. O América conseguiu até golear o Palmeiras. Acho que até por isso o Paulista ainda está em aberto, pois tudo pode acontecer."
Com 33 pontos, e a quatro do Santos, Muricy disse que não quer pensar no clássico do final de semana para não morrer na véspera. "Não adianta nada se não ganhar do América. A nossa parte tem que ser muito bem feita. Os jogadores não podem ficar olhando o Santos e esquecer do adversário de amanhã [hoje]", falou ele.
Sobre o time, nada de definição novamente. Muricy disse que o seu silêncio se deve ao desgaste dos jogadores. O goleiro Rogério, com dores na coxa, vem fazendo tratamento, mas não preocupa para a partida. Ontem, após o trabalho recreativo, ele bateu pênaltis e tem escalação garantida.
Para Danilo, artilheiro do time no Paulista ao lado de Thiago, com oito gols, três atacantes podem ser uma arma importante. "A pressão em cima deles vai ser maior. Mas sempre um vai ter de voltar mais para ajudar a marcar e buscar jogo", disse o meia que tem atuado mais adiantado no ano e já tem dez gols em 2006.
Já para Leandro, que deve substituir Souza mais uma vez, a garra vai prevalecer em campo. "Jogando em casa, com o apoio da torcida, o nosso time que se superar de qualquer maneira", afirmou o jogador são-paulino.


Texto Anterior: O que ver na TV
Próximo Texto: Muricy exige disciplina do time
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.