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Quito vira maldição para futebol brasileiro
Seleção pega Equador na cidade onde nem ela nem clubes vencem há 8 anos
Equipe de Dunga volta às eliminatórias com o triste retrospecto de duas derrotas nos últimos jogos com os donos da casa no Atahualpa
DO ENVIADO A GUAYAQUIL
Não é só a altitude.
A de La Paz é maior e os resultados na cidade boliviana
são mais positivos. Também
não é apenas a pressão da torcida, fichinha comparada com a
de Assunção ou com a de Montevidéu. O nível técnico dos rivais, sozinho, também não vale,
já que os argentinos em Buenos
Aires são melhores.
Cabe então a Dunga e à sua
seleção, que enfrentam hoje, o
Equador, pelas eliminatórias
para a Copa do Mundo de 2010,
explicarem o motivo por que
Quito virou uma "cidade maldita" para o futebol nacional.
Nenhum time brasileiro, seja
a seleção principal ou um clube
pelas duas principais competições continentais (a Taça Libertadores da América e a Copa
Sul-Americana), triunfou nos
2.850 m da capital equatoriana
nos últimos oito anos.
Foram 12 jogos, com oito vitórias dos times da casa e quatro empates, o que significa um
vergonhoso aproveitamento de
11% do futebol brasileiro e saldo negativo de 12 gols. Nas as
outras capitais sul-americanas
equipes nacionais acumularam
vitórias no mesmo período.
O Brasil só perdeu duas vezes
para o Equador na história
-ambas nesta década e no
mesmo Atahualpa que será o
palco do confronto de hoje.
Os clubes nacionais, mesmo
os que triunfaram na Libertadores, não tiveram sucesso em
Quito. O São Paulo perdeu para
a LDU em 2005, quando foi o
campeão da competição, assim
como aconteceu com o Internacional no ano seguinte. Em
2008, a mesma LDU fez história ao ganhar a primeira Libertadores para o seu país batendo
o Fluminense na decisão.
"É sempre complicado jogar
lá, mas a história não se repete", aposta Ronaldinho, que será titular, mesmo admitindo
estar sem o ritmo de jogo ideal,
por causa da contusão de Kaká,
seu companheiro de Milan.
O meia Elano, o companheiro de Ronaldinho hoje na armação de jogadas, reconhece que
não é só pelos 2.850 m que jogar em Quito virou um pesadelo para o futebol do Brasil.
"A dificuldade lá é muito
grande. A altitude influencia
muito. Eles chutam muito por
causa disso. Mas eles têm qualidade, muitos jogadores atuando na Europa", diz o meia.
A seleção é a terceira colocada nas eliminatórias, seis pontos atrás do líder Paraguai e a
dois da Argentina, que subiu
para segundo ontem. Na próxima quarta, o time terá missão
mais fácil: recebe o Peru em
Porto Alegre.
(PAULO COBOS)
Colaborou SÉRGIO RANGEL , enviado especial
a Teresópolis
NA TV - Equador x Brasil
Globo, ESPN Brasil, Sportv e
Bandsports, ao vivo, às 18h
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