DA REPORTAGEM LOCAL

Já era um orçamento recorde, mas os gregos foram além. Ontem, o governo do país anunciou que vai gastar US$ 1,19 bilhão só na área de segurança da Olimpíada de Atenas. O valor é 48,75% superior aos US$ 800 milhões previstos inicialmente para o setor.
Mais: o montante é quatro vezes superior ao que foi aplicado na mesma área nos Jogos de Sydney, disputados em 2000, e deixa ainda mais claro qual é a principal preocupação dos organizadores.
"Não estamos economizando nada em segurança", afirmou Fani Palli-Petralia, integrante do Ministério da Cultura, pasta que zela pela organização do evento.
O planejamento inicial foi alterado após os atentados de 11 de março, que mataram 191 pessoas e deixaram outras 1.800 feridas na Espanha. Na visão do Athoc, o comitê organizador da Olimpíada, e do governo grego era necessário melhorar o programa anti-terror.
A Otan (aliança militar ocidental) foi convocada para ajudar no monitoramento dos espaços aéreo e marítimo. Outros sete países se ofereceram para colaborar (EUA, Inglaterra, Austrália, Espanha, Israel, França e Alemanha).
Preocupado com a questão, o Comitê Olímpico Internacional também agiu. A entidade firmou, pela primeira vez na história, um seguro para os Jogos caso eles sejam cancelados por atentados terroristas. O valor da apólice, acertado com um pool de seguradoras, é de US$ 170 milhões.


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