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Parreira acirra batalha nas laterais
DA REPORTAGEM LOCAL
Carlos Alberto Parreira diz que
não sabe quem vai levar para a reserva das laterais na próxima Copa do Mundo, na Alemanha.
E, por sua indecisão nessas posições, os candidatos não precisam
mais esconder suas pretensões.
Desde que assumiu a seleção
pela terceira vez, no início de
2003, o treinador já colocou para
jogar sete laterais no lado direito o
outros nove no esquerdo.
São 16 ao todo, ou cinco a mais
do que o mesmo Parreira chamou
para essas duas posições em todo
o ciclo preparatório para o Mundial de 1994, nos EUA.
"O Cafu vem jogando muito
bem e o Roberto Carlos também é
titular, mas precisamos de opções
em caso de suspensão ou contusão de um deles", disse Parreira,
anteontem, após a vitória de 3 a 0
no amistoso sobre a Guatemala.
A situação das laterais é a única
coisa que justifica de forma ampla
o discurso do treinador que o grupo para a Copa ainda está aberto.
Nos outros setores, Parreira já
tem como certos mais de 80% dos
nomes que vai levar para a Alemanha no próximo ano.
A lista de quem já jogou como
lateral na atual gestão Parreira
tem nomes hoje totalmente descartados, como Maurinho, Mancini, Athirson e Dedê.
No jogo contra a Guatemala, o
treinador testou três novos laterais (Cicinho, Gabriel e Léo) e
aprovou o trabalho dos três.
"Acho que eles aproveitaram
bem a oportunidade. Eu queria
que eles jogassem com desenvoltura e fizeram isso. Foi importante ver o Léo novamente, o Cicinho, o Gabriel. Eles aproveitaram
a chance", afirmou o treinador.
Léo foi o mais enfático ao pedir
um lugar no grupo. "Estou muito
feliz com a partida que fiz. Sou o
12º lateral a ser convocado, mas se
derem bobeira eu vou para a Copa", afirmou o santista, que desafiou os críticos a apontar alguém
da posição que está jogando melhor do que ele. "Eu entrei na briga, pior que os outros eu não fui",
afirmou o lateral-esquerdo.
Cicinho foi mais comedido. "Só
não foi da forma que eu gostaria
porque poderia render mais, mas
foi uma sensação bastante agradável jogar pela seleção", disse,
sorridente, o lateral-direito, responsável pelo cruzamento que resultou no primeiro gol brasileiro.
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