São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 2005

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Parreira acirra batalha nas laterais

DA REPORTAGEM LOCAL

Carlos Alberto Parreira diz que não sabe quem vai levar para a reserva das laterais na próxima Copa do Mundo, na Alemanha.
E, por sua indecisão nessas posições, os candidatos não precisam mais esconder suas pretensões.
Desde que assumiu a seleção pela terceira vez, no início de 2003, o treinador já colocou para jogar sete laterais no lado direito o outros nove no esquerdo.
São 16 ao todo, ou cinco a mais do que o mesmo Parreira chamou para essas duas posições em todo o ciclo preparatório para o Mundial de 1994, nos EUA.
"O Cafu vem jogando muito bem e o Roberto Carlos também é titular, mas precisamos de opções em caso de suspensão ou contusão de um deles", disse Parreira, anteontem, após a vitória de 3 a 0 no amistoso sobre a Guatemala.
A situação das laterais é a única coisa que justifica de forma ampla o discurso do treinador que o grupo para a Copa ainda está aberto. Nos outros setores, Parreira já tem como certos mais de 80% dos nomes que vai levar para a Alemanha no próximo ano.
A lista de quem já jogou como lateral na atual gestão Parreira tem nomes hoje totalmente descartados, como Maurinho, Mancini, Athirson e Dedê.
No jogo contra a Guatemala, o treinador testou três novos laterais (Cicinho, Gabriel e Léo) e aprovou o trabalho dos três.
"Acho que eles aproveitaram bem a oportunidade. Eu queria que eles jogassem com desenvoltura e fizeram isso. Foi importante ver o Léo novamente, o Cicinho, o Gabriel. Eles aproveitaram a chance", afirmou o treinador.
Léo foi o mais enfático ao pedir um lugar no grupo. "Estou muito feliz com a partida que fiz. Sou o 12º lateral a ser convocado, mas se derem bobeira eu vou para a Copa", afirmou o santista, que desafiou os críticos a apontar alguém da posição que está jogando melhor do que ele. "Eu entrei na briga, pior que os outros eu não fui", afirmou o lateral-esquerdo.
Cicinho foi mais comedido. "Só não foi da forma que eu gostaria porque poderia render mais, mas foi uma sensação bastante agradável jogar pela seleção", disse, sorridente, o lateral-direito, responsável pelo cruzamento que resultou no primeiro gol brasileiro.


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