São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Técnico volta a recorrer a palavrões e broncas

DOS ENVIADOS A ULSAN

Após chegar à Coréia do Sul, Luiz Felipe Scolari voltou a esbravejar com os jogadores durante o período de treinamentos.
Diferentemente das duas primeiras semanas de preparação para o Mundial, quando preferiu ser mais reservado nas orientações, o técnico da seleção abusou do estilo cênico para comandar os primeiros trabalhos em Ulsan.
Bastou o primeiro treino tático na cidade para Scolari começar a berrar com os jogadores e não parar de gesticular e fazer caretas a cada erro dos titulares.
""A marcação tem que ser no homem, e não na bola", gritou, ao interromper o trabalho para corrigir o posicionamento.
Ao ser questionado por um integrante da comissão pelo seu gesto, Scolari voltou a esbravejar.
Além dos palavrões, o treinador não poupou os jogadores das broncas públicas. O meia-atacante Rivaldo, do Barcelona, foi um dos primeiros a ganhar uma.
O técnico parou o treino e gritou com o principal ídolo do clube espanhol. Ele queria acertar a marcação do meia-atacante em cima dos zagueiros adversários.
Por atitudes parecidas com a de Scolari, Rivaldo tem o relacionamento estremecido com Louis van Gaal, que retornou agora ao cargo de técnico do Barcelona.
Desde o início da preparação da equipe nacional para a Copa, a marcação dos atacantes brasileiros nos defensores adversários é uma das obsessões do treinador.
O atacante Ronaldo, estrela da Inter de Milão, foi outro que teve de aguentar algumas cobranças públicas do técnico da seleção.
Desde o início dos treinos em Ulsan, Scolari tem recorrido às caretas e às gesticulações a cada jogada errada dos seus jogadores. Esse é o estilo de trabalho que o treinador adotava nos clubes.
A mudança de comportamento de Scolari, que estava comedido no início da preparação para a Copa, tem relação com a proximidade da estréia da seleção na competição. O Brasil disputará sua primeira partida na próxima segunda-feira, às 6h (de Brasília), contra a seleção da Turquia.
No início dos trabalhos, Scolari tinha menos necessidade de abandonar a discrição pelo fato de a seleção ter priorizado os treinos físicos. (FM, FV, JAB E SR)


Texto Anterior: Cobrança de lateral de Roberto Carlos será arma da equipe
Próximo Texto: Mídia: Decreto libera Copa nas parabólicas
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.