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Edmundo pede perdão, mas não publicamente
Atacante se desculpou perante o grupo por ter ignorado o técnico Caio Júnior
Ídolo do Palmeiras, que fez musculação ontem, não quis falar com a imprensa sobre sua saída polêmica de campo contra o São Paulo
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
O atacante Edmundo pediu
desculpas, mas, pelo menos até
amanhã, só internamente.
Ontem, todas as atenções no
treino do Palmeiras estavam
voltadas para o jogador, que foi
substituído nos minutos finais
do clássico com o São Paulo e
saiu de campo ignorando cumprimento do técnico Caio Júnior, que pedia aplausos da torcida para o seu veterano ídolo.
""Problemas acontecem. O
Edmundo reconheceu o erro e
pediu desculpas para o Caio Júnior na frente do grupo. Foi importante", falou Martinez, atleta que atendeu a imprensa ontem e que já teve problema semelhante com o atual treinador palmeirense no Paulista.
""O caso do Edmundo lembrou um pouco o meu, sim", falou o atual capitão da equipe.
Toninho Cecílio, gerente de
futebol do clube, procurou
mostrar que está tudo bem no
elenco. ""Foi uma situação contornável. O Edmundo é muito
competitivo, sente a partida.
Ele se prontificou a pedir desculpas para o Caio Júnior e o
grupo. A diretoria está com o
Caio Júnior. A situação foi igual
à do Martinez, não há privilégio
para o Edmundo", disse ele.
Indagado se Caio Júnior era
um técnico bonzinho demais, o
que poderia explicar as revoltas
públicas de jogadores contra
suas substituições, Toninho
saiu em defesa dele. ""Ele não é
bonzinho, ele é educado."
Segundo a assessoria de imprensa do Palmeiras, Edmundo
falará com os jornalistas amanhã ou na quinta-feira. Ontem,
ele fez exercícios de alongamento e musculação no CT.
""Houve muito respeito [no
pedido de desculpas]. O Edmundo fez o que esperávamos
dele. É um jogador muito experiente, importante para o grupo. Pensaremos agora no Cruzeiro [adversário de domingo,
em casa]", falou Martinez.
Toninho Cecílio trabalhou
pouco tempo com Edmundo na
época de jogador. ""Eu fiquei só
uns dois meses depois que ele
chegou. Fui emprestado. Mas
ele ficou uns dois anos morando no meu apartamento", falou
o ex-zagueiro, que deu declaração curiosa sobre a entrada violenta do atacante em Miranda.
""Foi lance normal de jogo.
Mas eu não vi. Falaram que foi
forte. Foi?", indagou o gerente.
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