São Paulo, sábado, 29 de maio de 2010

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Missão policial brasileira ajuda na investigação

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DE BELÉM

Um grupo de policiais federais brasileiros que estava em missão na África do Sul acompanhando os preparativos para a Copa foi essencial para que o executivo Osmar Pereira fosse libertado.
Os policiais observavam como está sendo feita a segurança do evento. A ideia é que o exemplo sul-africano possa ajudar a compor a logística da Copa 2014, que será realizada no Brasil.
Segundo o delegado da Polícia Federal Marcelo Andrade Siqueira, que cuidou do caso em Belém (PA), o contato direto com o grupo permitiu que a investigação fosse mais rápida, pois tornou desnecessária grande parte da comunicação burocrática entre os dois países.
"Eles estavam colados na cúpula da polícia sul-africana", afirmou Siqueira.
O delegado disse que Pereira chegou às 4h da última terça-feira à África do Sul. Seis horas e meia depois, ligou de seu próprio celular para familiares, dizendo que havia sido sequestrado.
Na tarde do mesmo dia, a família e a empresa madeireira em que Pereira trabalha, a Terra Industrial S.A., procuraram a PF e iniciou-se então a negociação do resgate. Ela foi feita por contatos do próprio executivo com a família e com um funcionário da filial da empresa em Angola.
Inicialmente, os sequestradores queriam US$ 280 mil (R$ 512,9 mil). Mas, como o valor era muito alto, chegou-se em US$ 50 mil (R$ 91,6 mil), diz o delegado.
De acordo com Siqueira, a quadrilha exigia que o dinheiro fosse depositado em uma conta bancária registrada em Hong Kong (China).
A reportagem ligou durante a tarde de ontem diversas vezes para a Terra Industrial S.A., mas ninguém atendeu.


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