São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011

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3 vezes Messi

Artilheiro e melhor jogador da decisão do torneio, argentino deve ser o primeiro a ser eleito três vezes seguidas o melhor do mundo pela Fifa

DO ENVIADO A LONDRES
DE LONDRES


Só uma zebra muito grande vai impedir Lionel Messi de se tornar o primeiro jogador a ganhar por três vezes seguidas da Fifa o prêmio de melhor jogador do mundo.
Com apenas 23 anos, o craque argentino caminha a passos largos para ser colocado no seleto pódio onde estão Pelé e Maradona.
Eleito o melhor jogador da final de ontem em Wembley, Messi conquistou mais uma Copa dos Campeões sendo artilheiro da nobre disputa.
Anotou ontem seu gol de número 12 na competição, o de número 53 numa temporada em que esteve até melhor do que em 2009 e 2010.
Com os 12 tentos, igualou recorde do holandês Van Nistelrooy durante a temporada 2002/2003 -maior artilheiro de uma edição da Copa dos Campeões. Com os 53 gols, igualou o fresco recorde de Cristiano Ronaldo -maior goleador de um time espanhol numa temporada.
Se desde 2009 o mundo reverenciou no final desses dois últimos anos um jogador franzino de muita técnica, que brilhava pelo Barcelona e tinha desempenho não tão bom na seleção de seu país, agora até os argentinos se rendem à realidade na qual Messi se transformou.
Só Ronaldo e Zidane ganharam por três vezes o prêmio de melhor jogador do mundo. Ambos venceram Copa do Mundo, algo que Messi não conseguiu. Mas ele tem ainda idade para dois Mundiais, pelo menos.
Messi terá a chance de ganhar a Copa América com a Argentina em casa e tirar seu país de uma fila de títulos importantes com a seleção principal que já dura desde 1993 -o craque acumula títulos importantes por seleções com limite de idade, pois venceu o Mundial sub-20 em 2005 e a Olimpíada de 2008.
O craque rompeu um de seus tabus negativos ontem. Jamais havia feito gol em território inglês. Marcou justamente numa final continental no estádio mais emblemático do futebol inglês.
Foi festejado em Wembley desde que saiu do ônibus do Barcelona.
Teve seu nome ovacionado pelos presentes no estádio que acompanhavam sua imagem no telão.
O sistema de som gritava e repetia seu nome. Em campo, a cada toque na bola e a cada drible, o estádio parava.
Ele soma 18 gols em mata- -matas da Copa dos Campeões. Igualou assim os maiores anotadores da história da fase mais aguda do torneio -Raúl e Shevchenko.
Messi tornou-se um dos 16 homens que marcaram gols em mais de uma final da Copa dos Campeões. Desses, só quatro não são europeus: Di Stéfano, Eto'o, Rial e Messi.
O sucesso europeu do craque argentino já é maior que o de Diego Maradona em termos de títulos e gols. E os números impressionam pela precocidade. O futuro é enorme para Messi. E esse parece não ter limites.
(RODRIGO BUENO E VAGUINALDO MARINHEIRO)


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