São Paulo, sábado, 29 de junho de 2002

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SONINHA

Fazendo história com talento e sorte

Que lembranças teremos das seleções finalistas da Copa de 2002 daqui a dez anos?
Ronaldo e Rivaldo estarão na ponta da língua, lógico. Ronaldinho, o "terceiro erre", também. Roberto Carlos e Cafu virão em seguida, e os mais detalhistas mencionarão Gilberto Silva ("discreto e eficiente"), Kleberson ("entrou contra a Inglaterra e "salvou" o meio-campo") e Marcos ("quase a Bélgica passa para as quartas...").
Da Alemanha, ficará a lembrança da estréia ("foi fácil, mas ninguém mais fez oito gols em um jogo") e do goleiro Oliver Khan. Não acredito que outro jogador apareça em reminiscências saudosas, do tipo: "Ah, aquele time tinha o Bal-lack...". Ou que Rudi Völler seja citado como grande técnico.
A menos que a final seja espetacular, nenhum jogo do Brasil ou da Alemanha será considerado memorável. Os números são empolgantes -melhor ataque x o segundo melhor ataque-, mas os times não foram.
E por que o Brasil, para mim, é favorito? 1) Por causa dos talentos, óbvio, que têm nos salvado. 2) Nossa campanha foi melhor, e o caminho da Alemanha nem foi difícil... 3) O meio-campo alemão estará desfalcado de seu maior organizador e criador (o nosso também, mas deixa pra lá). 4) Eles têm ainda menos variedade de jogadas do que o Brasil. 5) Os remanescentes de 98 vão jogar por dois. 6) Zagallo tinha sorte, mas o Felipão tem mais. Tá, não é argumento que se preze... mas vale!

soninha.folha@uol.com.br



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