São Paulo, domingo, 29 de junho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

São Paulo revê o palco e o rival da arrancada de 2007

Contra o Cruzeiro, no Mineirão, time joga por 4ª vitória consecutiva e prosseguimento da boa fase no Brasileiro

Daquele 22 de julho, depois de três jogos sem ganhar, Muricy Ramalho se lembra de ter sido "secado" por gente do próprio clube

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Voltar ao Mineirão para enfrentar o Cruzeiro, às 16h, não é uma má idéia para o São Paulo.
Se é verdade que, nos pontos corridos, cada jogo é decisivo, também é fato que os são-paulinos se lembram bem daquela rodada de 22 de julho de 2007, um outro domingo, com um sabor diferente dentre as 38.
O time de Muricy Ramalho não ganhava havia três partidas -dois empates com Flamengo e Corinthians, uma derrota para o Fluminense, em casa. A eliminação na Libertadores (ante o Grêmio, nas oitavas) ainda doía. E o técnico balançava.
"Aquele jogo foi fundamental", relembra o superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha. "O Muricy estava bastante pressionado."
Na ocasião, o São Paulo vinha de um empate com o Fluminense no Rio e conseguiu contra o Cruzeiro o primeiro dos sete triunfos seguidos que coroaram a arrancada para um título com cinco rodadas de antecedência, contra o América-RN por 3 a 0, em 31 de outubro.
A viagem da delegação não era das mais felizes. Muricy não escondia que ainda via inimigos em todos os lugares, principalmente na sua trincheira.
"Muitos pensavam que eu cairia. Alguns [diretores do São Paulo] viajaram só para ver. E ganhamos", lembrou Muricy. Um 2 a 1, com um gol de Breno e um golaço de Hernanes, hoje a jóia mais valiosa do elenco.
Marco Aurélio Cunha se lembra daquele jogo como um momento de recuperação do próprio Muricy: recebia os cumprimentos sem demonstrar muita empolgação, mas parecia mais confiante no trabalho.
"Ele não respondia. Comemorava a vitória, mas comemorava na dele", afirma o superientendente.
Depois disso, derrubou vários dos favoritos ao título (um deles foi o líder Botafogo, no Maracanã, em outra partida com sabor de decisão).
Hoje, a situação é bem mais branda. São três vitórias consecutivas nesta campanha. Um líder, o Flamengo, já foi batido por 4 a 2, no Maracanã.
A torcida não pede sua cabeça, o Qatar quer levá-lo milionariamente, e o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, afirma que o treinador só sai do São Paulo para a seleção brasileira, isso "se puder acumular os dois cargos". Tanto que lhe deu garantias de cumprimento do contrato, até o fim de 2009.
"É o tipo de jogo que o São Paulo gosta de fazer, decisivo", lembra Hugo, artilheiro da equipe no Brasileiro com três gols, ao lado de Borges. O meia foi um dos jogadores que mais transpareceram na semana um sentimento de confiança no gradativo crescimento do time.
O Cruzeiro de hoje, no entanto, só perdeu uma partida, para o Palmeiras. E é elogiado por Muricy. "Além de estarem jogando o melhor futebol da competição, a equipe deles é leve, perigosa, e nós já estamos esperando essa correria."


NA TV - Cruzeiro x São Paulo
Globo (para SP) e Band (menos Rio e BH), ao vivo, às 16h




Texto Anterior: Aval real
Próximo Texto: Titulares são escalados sem mistério
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.