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yes, we can
Brasil vira, vence e convence
Virada histórica e inédita sobre o time dos Estados Unidos, surpresa do torneio, ratifica trabalho de Dunga e de sua "equipe de homens"
Após tomar 2 gols no 1º tempo, seleção cresce, faz 3 e celebra 3ª Copa das Confederações
Roberto Schmdt/France Press
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Luís Fabiano, artilheiro da Copa das Confederações, comemora seu segundo gol contra os EUA
EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
ENVIADOS ESPECIAIS A
JOHANNESBURGO
O Brasil de Dunga tem resultados muito parecidos com o de
Carlos Alberto Parreira.
Mas o time atual mostrou ontem, em Johannesburgo, na final da Copa das Confederações,
que tem mais alma.
De virada, a seleção bateu os
Estados Unidos, por 3 a 2, e
conquistou a competição pela
terceira vez, isolando-se como
a maior vencedora do certame.
De 11 finais que o time nacional participou em torneios organizados pela Fifa (sete Mundiais e quatro Copa das Confederações), nunca antes o Brasil
foi vitorioso após sair perdendo
por dois gols de diferença.
Se é verdade que os norte-americanos estão longe de fazerem parte da elite da bola, é
verdade também que, ontem,
embalados pela surpreendente
eliminação da Espanha nas semifinais, mostraram-se taticamente organizados e muito perigosos nos contra-ataques.
Transformaram assim o que
parecia uma barbada num jogo
épico, com o gol da vitória aos
39min do segundo tempo, marcado pelo capitão Lúcio, que se
mostrou emocionado com a façanha e foi às lágrimas.
Uma partida tão especial que
causou situações especiais. No
intervalo, com 2 a 0 no placar e
a perspectiva de uma zebra histórica, o grupo se lembrou do
lema da vitoriosa campanha de
Barack Obama à Presidência
dos EUA, no ano passado.
"Lembramos dele e do "Yes, we
can" [sim, nós podemos]", falou
Kaká, eleito o melhor jogador
da Copa das Confederações e
que viaja hoje da África para a
Espanha, onde se apresenta
amanhã no Real Madrid.
Foi o segundo título da era
Dunga. Sob seu comando, o
Brasil já havia ganho a Copa
América de 2007, e o time sub-23, a medalha de bronze na
Olimpíada de Pequim, no ano
passado. Está também, neste
momento, muito perto a vaga
para o Mundial de 2010 (lidera
as eliminatórias sul-americanas). E o resultado de ontem
deve fazer com que o Brasil volte à liderança do ranking da Fifa, hoje com a Espanha, que ontem suou para bater a África do
Sul de Joel Santana, pelo terceiro lugar, na prorrogação.
"Recuperar um resultado depois de estar perdendo por 2 a 0
só quando você tem uma equipe de homens", celebrou o treinador, que novamente viu uma
substituição sua ser decisiva
para o placar final -Elano, que
entrou no segundo tempo, bateu o escanteio no gol de Lúcio.
Antes, Luis Fabiano, o maior
talismã de Dunga, havia empatado o jogo com dois gols, que
lhe deram a artilharia isolada
da competição, com cinco gols,
cumprindo a promessa de ter
média de um gol por partida.
A seleção brasileira volta a
campo agora em agosto, para
amistoso contra a Estônia. Em
setembro, o time retoma as eliminatórias, indo até Buenos Aires para enfrentar a Argentina
do técnico Diego Maradona.
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