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Gigantes
Além de anular o ataque chileno, zagueiros Lúcio, driblando e conduzindo a bola, e Juan, com gol de cabeça, embalam o Brasil
Ricardo Nogueira/Folhapress
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Robinho, Luís Fabiano e Kaká, após o segundo gol
Brasil 3
Juan, aos 35min, e Luis Fabiano, aos
38min do 1º tempo; Robinho, aos
14min do 2º tempo
Chile 0
EDUARDO ARRUDA
MARTÍN FERNANDEZ
PAULO COBOS
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A JOHANNESBURGO
Desarmar o rival. Fazer papel de volante e levar a bola
ao ataque. Driblar, lançar,
anotar o gol que deu rumo à
vaga nas quartas de final.
No Mundial de 2010, os zagueiros Juan e Lúcio carregam a seleção brasileira.
Com uma atuação soberba
da sua dupla de zaga, o Brasil
venceu o Chile por 3 a 0 e vai
decidir na sexta-feira, em
Port Elizabeth, uma vaga nas
semifinais contra a Holanda,
que eliminou a Eslováquia
com um triunfo por 2 a 1.
De cabeça, aos 35min de
jogo, Juan, 31, abriu o placar.
Antes, Lúcio, 32, já havia sofrido pênalti não dado pelo
árbitro inglês Howard Webb.
Os zagueiros, que têm oito
jogos juntos por Copas com
só três gols sofridos, anularam o quarteto ofensivo do rival, fazendo do Brasil o único
que até agora não foi vazado
no mata-mata. "Não conseguimos fazer a bola chegar à
área do Brasil", disse o técnico do Chile, Marcelo Bielsa.
Graças aos defensores -o
escanteio, no gol de Juan, foi
batido por Maicon-, o time
de Dunga encaixou sua arma
predileta, o contra-ataque.
Primeiro, aos 38min, Luis
Fabiano concluiu jogada tramada por Robinho e Kaká.
Depois, Ramires serviu Robinho, que fez o terceiro, aos
14min do segundo tempo.
Com só um atleta de linha
com mais de 1,80 m (o zagueiro Fuentes, 1,81 m), o
Chile viu um paredão em Lúcio, 1,88 m, e Juan, 1,82 m. E,
com a bola, segundo os números do Datafolha, os defensores do Brasil sobraram.
Os dois deram mais passes
que os laterais do Brasil e até
do que Kaká. Lúcio driblou
tanto como o meia Daniel Alves e levou a bola ao ataque
inúmeras vezes. Mais do que
as duas finalizações de Juan,
só as três de Luis Fabiano.
"O entrosamento nosso é
bom porque jogamos juntos
dois anos no Bayer Leverkusen e há quase sete anos na
seleção", celebra Juan, sobre
a parceria com Lúcio. "O sonho [do título] ficou mais
próximo. O coletivo é importante, e a defesa está tendo
ótima atuação", falou Lúcio.
O triunfo confirmou a supremacia brasileira em duelos eliminatórios ante rivais
sul-americanos. Desde 1995,
o país não perde um jogo desse tipo para um time da região (são 13 duelos invicto).
Depois da Holanda, o Brasil pode pegar Uruguai, na
semifinal, e Argentina.
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