São Paulo, terça-feira, 29 de junho de 2010

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Desfalques preocupam a seleção

Classificado, Brasil tem problemas com contundidos e pendurados

DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO

A seleção brasileira chega às quartas de final da Copa com dois grupos preocupantes: um de baixas -três lesionados e um suspenso- e outro de jogadores pendurados com um cartão amarelo.
No primeiro grupo estão Júlio Baptista, Elano e o também pendurado Felipe Melo. Ontem, Ramires recebeu o segundo amarelo e não enfrentará os holandeses.
No grupo dos que não podem levar o segundo amarelo estão Kaká, Juan e Luis Fabiano, além de Felipe Melo.
"É muito difícil ficar de fora. Não deveria ter feito aquela falta. Agora só resta torcer de fora", afirmou Ramires, punido após uma falta dura no meio-campo quando o Brasil já vencia por 3 a 0.
"Você não pode entrar em campo pensando que será suspenso", afirmou o zagueiro Juan, que começou a partida de ontem pendurado.
Dunga reclamou do critério adotado pelos árbitros nesta Copa. Os cartões só serão zerados após as quartas.
"Isso é um problema, um jogador [técnico] como Kaká ficar pendurado. É um equívoco. Mas com o que dá pancada não acontece nada", reclamou o treinador gaúcho.
"Nós temos que conversar com o Kaká. Daqui para a frente cada jogo é uma decisão", disse o treinador, sobre o meia-atacante, expulso contra a Costa do Marfim.
Ontem, Dunga também substituiu o atacante Luis Fabiano pelo mesmo motivo.

VIOLENTOS SEM PUNIÇÃO
O treinador reclamou que os "violentos sem punição" ainda provocaram a série de contusões nos atletas brasileiros. Júlio Baptista teve uma torção no joelho esquerdo, Felipe Melo, uma entorse no tornozelo esquerdo, e Elano levou uma pancada na perna direita. Todas as lesões foram ocasionadas após entradas de jogadores rivais.
"De 1 a 10, a chance de o Elano jogar é 9,5. Já o Felipe é muito mais complicado. E o Júlio também", diagnosticou ontem o médico da seleção brasileira José Luiz Runco.
Após o jogo com o Chile, Elano se recusou a dar entrevista, mas disse estar bem.
Dunga afirmou que o planejamento da comissão técnica será no sentido de recuperar os atletas. Assim, a carga de treinos será reduzida.
Ele lembrou que, na fase de mata-matas, os intervalos entre os jogos são menores. Entre o fim da fase de grupos e a partida de ontem, os brasileiros só tiveram três dias. Para o duelo diante da Holanda, serão quatro. (EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ, PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)


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