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Desfalques preocupam a seleção
Classificado, Brasil tem problemas com contundidos e pendurados
DOS ENVIADOS A JOHANNESBURGO
A seleção brasileira chega
às quartas de final da Copa
com dois grupos preocupantes: um de baixas -três lesionados e um suspenso- e outro de jogadores pendurados
com um cartão amarelo.
No primeiro grupo estão
Júlio Baptista, Elano e o também pendurado Felipe Melo.
Ontem, Ramires recebeu o
segundo amarelo e não enfrentará os holandeses.
No grupo dos que não podem levar o segundo amarelo estão Kaká, Juan e Luis Fabiano, além de Felipe Melo.
"É muito difícil ficar de fora. Não deveria ter feito aquela falta. Agora só resta torcer
de fora", afirmou Ramires,
punido após uma falta dura
no meio-campo quando o
Brasil já vencia por 3 a 0.
"Você não pode entrar em
campo pensando que será
suspenso", afirmou o zagueiro Juan, que começou a partida de ontem pendurado.
Dunga reclamou do critério adotado pelos árbitros
nesta Copa. Os cartões só serão zerados após as quartas.
"Isso é um problema, um
jogador [técnico] como Kaká
ficar pendurado. É um equívoco. Mas com o que dá pancada não acontece nada", reclamou o treinador gaúcho.
"Nós temos que conversar
com o Kaká. Daqui para a
frente cada jogo é uma decisão", disse o treinador, sobre
o meia-atacante, expulso
contra a Costa do Marfim.
Ontem, Dunga também
substituiu o atacante Luis Fabiano pelo mesmo motivo.
VIOLENTOS SEM PUNIÇÃO
O treinador reclamou que
os "violentos sem punição"
ainda provocaram a série de
contusões nos atletas brasileiros. Júlio Baptista teve
uma torção no joelho esquerdo, Felipe Melo, uma entorse
no tornozelo esquerdo, e Elano levou uma pancada na
perna direita. Todas as lesões
foram ocasionadas após entradas de jogadores rivais.
"De 1 a 10, a chance de o
Elano jogar é 9,5. Já o Felipe é
muito mais complicado. E o
Júlio também", diagnosticou
ontem o médico da seleção
brasileira José Luiz Runco.
Após o jogo com o Chile,
Elano se recusou a dar entrevista, mas disse estar bem.
Dunga afirmou que o planejamento da comissão técnica será no sentido de recuperar os atletas. Assim, a carga de treinos será reduzida.
Ele lembrou que, na fase
de mata-matas, os intervalos
entre os jogos são menores.
Entre o fim da fase de grupos
e a partida de ontem, os brasileiros só tiveram três dias.
Para o duelo diante da Holanda, serão quatro.
(EDUARDO ARRUDA, MARTÍN FERNANDEZ,
PAULO COBOS E SÉRGIO RANGEL)
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