Provavelmente animados com os 50 gols da quinta rodada do Vergonhão-97, vistos por menos de 8.000 torcedores em média, eles dobraram na sexta.
E os mais de 16 mil pagantes em média devem ter ficado com a sensação de terem sido enganados, porque viram só 20 gols.
Verdade que o Ba-Vi distorceu tudo, não só pelos quase 80 mil pagantes como pela meia dúzia de gols.
Têm razão os baianos que começam a se irritar com o fato de a própria imprensa local tratar o jogo apenas como o "maior clássico do Norte-Nordeste".
O Ba-Vi, e não é de hoje, é o maior clássico do país, do mesmo jeito que o povo baiano é o que mais gosta de futebol no Brasil.

E o nosso futebol anda precisando mesmo de festas como a Fonte Nova sabe fazer para exorcizar a bandalheira promovida pela Casa Bandida do Futebol.
Festa que poderia se espalhar pelo país afora, não fosse o fato de que nem mesmo os clubes estão levando o campeonato muito a sério, excursionando como o Palmeiras acaba de fazer de forma lamentável e o Santos fará agora, sem se falar do torneio comemorativo do centenário de Belo Horizonte que vem aí, envolvendo mais uma penca de clubes que disputam o Vergonhão-97.

Festa como é capaz de proporcionar o santista Arinelson, cujo nome incomum parece profético, porque, de fato, ele joga por dois com seu entusiasmante pé esquerdo.
Pena que o que Arinelson faz na frente Narciso acha feio e desfaz atrás.

Amanhã é noite de o Cruzeiro pôr a cabeça no lugar, o Colo no colo e a Libertadores quase no papo.

Inter-RS e Vitória não perdem, Fluminense, União e Criciúma não ganham, e o Atlético-MG não empata.

Aliás, quando é que o árbitros vão parar de prejudicar o Fluminense com essa história de deixar o adversário com jogadores a menos?

Ou começam a respeitar a Lusa ou o Canindé festejará mais um vice-campeonato.

E por falar em Lusa, quando é que o Vasco pagará o dinheiro do Dener?

Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.



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