DO ENVIADO AO RIO

Sem chances de recuperar a medalha de ouro antes assegurada e perdida anteontem no tapetão, Bernardo Arndt, 40, anunciou um adeus à hobie cat 16, na qual velejava desde 2001.
"Não quero mais ver essas pessoas na minha frente. O hobie cat, para mim, acaba aqui", disse o velejador, que corria com Bruno Oliveira, 19, e perdeu o ouro, que já era matematicamente seu, devido a um protesto dos rivais.
Após ter recurso indeferido, ele ainda tentou revidar.
O primeiro alvo foi o barco porto-riquenho, formado por Enrique Figueroa e Carla Malatrasi, que apontou no hobie cat nacional a presença no mastro de uma roldana de alumínio, em vez de fibra de carbono.
"O Figueroa tem um cabo de desvire mais fino que o estabelecido nas especificações", disse Arndt, que teria esse protesto recusado.
Segundo o chefe de medições, Alexander Armín, a irregularidade era o fato de que mastro e roldana eram de materiais diferentes.
Armín diz que, pela regra, o par devia ser todo de alumínio ou todo de fibra de carbono. Contra a outra defesa de Arndt -o fato de ter sido aprovado pela medição oficial-, Armín afirmou que normalmente não há tempo hábil para cumprir toda a extensa lista de medições.
"Ele [Armín] está por fora das regras. Não tem nada que diga que tudo tem que ser do mesmo material", contestou o velejador brasileiro.
Por fim, a embarcação da Guatemala venceu a "medal race", seguida de Venezuela e Porto Rico. (MDA)


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