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Delegação cubana parte às pressas
DOS ENVIADOS AO RIO
Parte da delegação de Cuba debandou do Rio na noite
de ontem. Após rumores de
que haveria uma deserção
em massa, o chefe da missão
cubana, Alfredo Casaña Menés, resolveu antecipar a volta de parte de seus atletas em
um dia. A Folha falou com
uma esportista no aeroporto
do Galeão. Ela disse ter sido
informada só ontem do embarque. A programação inicial previa a saída apenas hoje, após a festa de encerramento. A atleta disse que nenhuma justificativa foi dada.
A informação surgiu no
meio da final masculina do
vôlei, quando a TV Globo divulgou que os cubanos não
participariam nem da cerimônia de premiação -o time ficou com o bronze.
Enquanto isso, seis ônibus
com cerca de 250 atletas e
mais dois caminhões abarrotados com material esportivo e bagagens dos cubanos
deixavam a Vila Pan-Americana e seguiram para o aeroporto do Galeão escoltados
por policiais brasileiros.
Um avião da companhia
aérea Cubana já aguardava a
delegação enquanto os atletas tentavam encontrar seus
pertences em meio ao tumulto que se formou do lado
de fora do terminal.
De acordo com Carlos Arthur Nuzman, presidente do
Co-Rio, o comitê organizador foi informado na tarde
de ontem sobre a debandada.
A Odepa foi avisada depois.
Assessor do Co-Rio disse
que recebeu um pedido de
Cuba para a saída de metade
da delegação -a outra ainda
dormiria na Vila do Pan. "A
volta já estava programada",
declarou Maximiliano Díaz,
chefe da equipe de boxe.
No Pan, quatro deserções
foram registradas: os boxeadores Guillermo Rigondeaux
e Erislandy Lara e a Rafael
Capote, do handebol, além
de um técnico da ginástica.
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