São Paulo, domingo, 29 de julho de 2007

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CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

O ouro e a ferida

A seleção de vôlei resolveu o trauma: foi ouro no Pan e ganhou o único título que faltava na era Bernardinho.
Entre os adversários, só dois contavam: a inexperiente Cuba e os EUA, surpresa da Liga Mundial, mas que veio sem quatro titulares e sem o treinador para o Rio.
Tão desfalcado, o time americano não deu muito trabalho e foi alvo fácil para o bloqueio adversário. Melhor para a seleção, que sofreu pressão extra por decidir o título em casa e que passou uma semana difícil por causa do surpreendente corte do seu capitão, o levantador Ricardinho.
Em um torneio como o Pan, o título era certo. Sem Ricardinho, ou sem qualquer outro titular, a seleção teria vencido. Em Pequim será diferente. O time vai precisar da genialidade do melhor levantador do mundo. O Brasil se despediu do Rio com o ouro, mas com uma ferida difícil de ser cicatrizada.
A pergunta é: Ricardinho vai voltar? A comissão técnica optou por uma solução traumática e arriscada. Em vez de tratar internamente os conflitos com o levantador, resolveu cortá-lo dois dias antes da estréia no Pan e tornar a questão pública. A seleção ficou dividida.
Fica a dúvida: o time voltará a ser o que era?


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