São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 2008

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Nenê ganha conselho de colega que defende EUA

"Se é seleção, você tem que ir", afirma Carmelo Anthony

DA ENVIADA A MACAU

Quatro anos, dois torneios importantes, dois fracassos. A seleção de basquete dos EUA chega ao fim do ciclo olímpico com retrospecto desfavorável. As quedas, porém, parecem ter mexido com os brios da equipe.
Os norte-americanos pisaram ontem na China dispostos a fazer jus ao apelido de Dream Team, ansiosos pela conquista do ouro e por defender as cores de seu país. O clima ficou evidente nas palavras de Carmelo Anthony. Parceiro de Nenê no Denver Nuggets, o jogador foi enfático ao defender a participação na seleção. O brasileiro foi um dos atletas que alegaram problemas físicos para não disputar o último Pré-Olímpico -o Brasil ficou fora de Pequim.
Os EUA contam com suas principais estrelas da NBA.
"São duas coisas completamente diferentes [jogar pelo clube e pela seleção]. Quando estou na seleção, eu não me represento, represento minha família, a cidade em que nasci, a cidade em que jogo, meu país. Então, se dão a você a chance de jogar pela seleção, você tem de ir. O seu time vai estar sempre lá", afirmou Carmelo.
A entrevista foi concedida ontem, no Venetian Resort, onde os EUA participam de um desafio contra Turquia e Lituânia, amanhã e na quinta-feira.
O principal assunto foram os últimos fracassos do time. Após levar à quadra o Dream Team em Barcelona-1992 e conquistar três medalhas de ouro olímpicas consecutivas, os EUA amargaram o bronze em Atenas-2004. Em 2006, foram bronze no Mundial.
Em praticamente todas as respostas, técnico e jogadores repetiram que estão motivados para a Olimpíada. Em entrevista à revista "Time", LeBron James, já recuperado de lesão no tornozelo, prometeu o ouro.
"O basquete tem explodido no mundo, os times estão cada vez melhores. Muitas das equipes que iremos enfrentar têm titulares de times que disputam a NBA. Mas todos estão confiantes. A equipe está junta há três anos e, desde o primeiro treino, só melhora", disse o técnico Mike Krzyzewski.
Desde o último fracasso, os EUA decidiram tentar acabar com um dos principais problemas do Dream Team: a falta de entrosamento. Jogadores que quisessem ir a Pequim teriam de participar dos principais compromissos da seleção. E o acordo, com bem poucas exceções, tem sido cumprido.
"Esses jogos aqui [em Macau] e em Xangai serão a grande chance de testarmos nosso nível", afirmou Krzyzewski, que comemorou seu grupo em Pequim, com Angola, China, Espanha, Alemanha e Grécia.
"Gostei do nosso grupo. Vamos focar cada oponente de uma vez. Queremos o ouro, por isso não podemos pensar que um jogo é melhor que outro." (MARIANA LAJOLO)


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