Para manter esquema vencedor, clube é obrigado a voltar a se preocupar com substituto de Ronaldo, que hoje passa por cirurgia

DA REPORTAGEM LOCAL

Hoje, contra o Santo André, o Corinthians retoma uma busca que tinha deixado de lado, mas que agora se tornou fundamental. O clube procura um substituto para Ronaldo.
Mano Menezes se diz preocupado com as mudanças obrigatórias pelas quais o time está passando, por causa das negociações de seus principais jogadores. E, por isso mesmo, quer evitar ter de mexer na estrutura tática da equipe.
Para conseguir êxito, no entanto, o técnico corintiano precisa achar um atleta que tenha características que lhe permitam cumprir o papel de um atacante mais centralizado, assim como Ronaldo tem feito.
O problema é que, justamente por causa do sucesso do camisa 9 após seu retorno ao futebol, o Corinthians parou de procurar alguém para ter como substituto ideal do atacante.
Agora, pressionado pela ausência longa do artilheiro corintiano -que passará por cirurgia na mão esquerda hoje pela manhã e só deve retornar aos gramados no início de setembro, ou daqui a oito rodadas do Brasileiro-, o clube tenta corrigir o problema com o que já tem à disposição no elenco. Porém, a reposição tem se mostrado mais complicada.
Souza, contratado justamente para a função de "clone" de Ronaldo, fracassou na tarefa. A ponto de hoje ficar no banco de reservas com chances de entrar apenas em caso de emergência, já que o clube ainda espera negociá-lo com outra equipe da Série A, o que só é possível se o atacante não estourar o limite de sete jogos pelo time alvinegro no Brasileiro.
A aposta de Mano Menezes, então, é em Henrique, atacante de 23 anos recentemente contratado do Guarani.
"Uma hora ou outra eu iria dar uma chance a ele. E pode ser que seja contra o Santo André", afirmou Mano.
Mas as mudanças não devem parar por aí. No treino de ontem, o técnico testou uma formação montada no 3-5-2. Segundo ele, o momento do time é de ser cauteloso.
"Até há pouco tempo tínhamos a possibilidade de impor nosso jogo. Agora já não é mais assim. Devemos tomar um pouco de cuidado. Os placares dos últimos jogos têm mostrado isso. Não havíamos tomado de 3 a 0 nenhuma vez em um ano e meio. E isso aconteceu duas vezes recentemente."