São Paulo, domingo, 29 de setembro de 2002

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PINGUE-PONGUE

Culpi acredita até na classificação à segunda fase

DA REPORTAGEM LOCAL

Levir Culpi, 49, talvez não imaginasse tal situação, chegar à metade do campeonato na direção de uma grande equipe na última colocação -dez pontos em 13 jogos.
Contratado para substituir Flávio Murtosa, que pediu demissão após sofrer uma goleada de 5 a 1 para o Paraná -o terceiro revés de uma sequência de nove fracassos do time no Brasileiro-, Culpi diz não estar arrependido de ter aceitado o convite para dirigir o Palmeiras.
E afirma que seus jogadores chegaram a um momento "matematicamente" decisivo na competição, no qual cada ponto conquistado pode significar a redenção do clube que, apesar da tradição e de colecionar quatro títulos nacionais, agora luta para se manter na elite da bola.
O treinador vai além e não descarta a chance de levar o time à classificação para a segunda fase. (JCA e PGA)

Pergunta - Qual a importância da vitória sobre o Paysandu, na última quinta-feira, para as pretensões do Palmeiras no Brasileiro?
Levir Culpi -
Foi muito agradável. Minha mulher, minha irmã e meu pai foram assistir ao jogo e, pela primeira vez, saímos para jantar. A vitória veio em um momento matematicamente decisivo. A conta para a classificação é em torno de 40 pontos. Ainda vamos tentar chegar lá.

Pergunta - Acabar de quebrar uma série de nove jogos sem vitória e, logo em seguida, ter de jogar um clássico com o Santos, na Vila Belmiro, pode atrapalhar uma recuperação palmeirense?
Culpi -
Chegamos a um ponto em que não podemos mais escolher os adversários ou dizer se o momento [para enfrentá-los" é bom ou ruim. Agora temos que jogar firme e sério. Vamos entrar nos clássicos com 50% de chances de vencer.

Pergunta - Quais seriam as consequências de uma derrota no clássico? Em outros tempos, seria até um resultado considerado normal...
Culpi -
Sem dúvida. [Perder] faz parte do jogo. Já estamos no meio do campeonato, e as equipes já estão mais entrosadas.

Pergunta - O Santos não terá o meia Diego, um de seus principais jogadores. Pode ser um ponto a favor?
Culpi -
O Diego, apesar de jovem, tem uma produtividade alta. Mas, às vezes, um ou outro jogador acaba não fazendo tanta falta.

Pergunta - Por tudo o que tem passado, você se arrepende de ter aceitado o convite para treinar o Palmeiras?
Culpi
- Não me arrependo. Eu estava tranquilo em Curitiba. Poderia ter ficado assim até o ano que vem e depois pegar um time. Mas recebi o convite do Palmeiras. Não podia recusar.


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