São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 2002

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PAINEL FC

Champanhe na geladeira
Cartolas contrários à chamada "MP da moralização" dizem que, com a eleição de Lula (PT) para presidente, o projeto de José Luiz Portella será definitivamente engavetado.

Dia D
O secretário-executivo do Ministério do Esporte ainda não jogou a toalha. Disse que recebeu do presidente FHC apoio para votar a medida provisória, que tem validade até 15 de novembro. Em sua avaliação, o texto deve ser colocado em plenário no dia 6 ou no dia 7.

Parabéns de longe
Ricardo Teixeira enviou mensagem parabenizando Lula pela vitória. O presidente da CBF, que está em Zurique, não pôde votar no candidato petista, mas na entidade fez boca-de-urna para o presidente eleito, que o criticou em entrevista à Folha.

Bola murcha
Teixeira, que teve aprovada na Fifa sua proposta de incluir o futsal no Pan-2007, no Rio, ficou sabendo dos resultados da eleição pela internet. Viu dois de seus adversários nas CPIs do Congresso, Geraldo Magela (PT-DF) e Álvaro Dias (PDT-PR), perderem a disputa pelos governos de seus Estados.

Às moscas
O antigo prédio da CBF, no centro do Rio, está tão abandonado que já tem até mendigos acampados na porta.

Pára-erros
O zagueiro argentino Amelli contratou um professor de português para ele e sua família. O são-paulino diz que tem medo de se aprofundar em suas respostas porque sente que o idioma é uma barreira.

Dentro do possível
Carlos Alberto Parreira pediu quatro reforços à diretoria corintiana para a Libertadores do ano que vem. Já recebeu recado de que não será possível. No máximo, deverá ter dois novos atletas: um meia e um lateral.

Dito e feito
O corintiano Fábio Luciano falou que não volta atrás em nada do que falou sobre Wanderley Luxemburgo. Se tiver que responder na Justiça, diz que o fará.

Nova geração
Uma emissora de TV japonesa irá produzir um documentário sobre a nova safra do futebol brasileiro pós-penta. O grupo, que já está no Brasil, colocará como astro principal o meia Diego, do Santos.

Cama e mesa
Os times do Rio estão preocupados com crise que o futebol carioca atravessa. Dirigentes dos quatro grandes terão reunião na próxima segunda-feira. Na pauta, estará a viabilidade de se tentar ou não uma virada de mesa caso um deles seja rebaixado para a Série B do Brasileiro.

Vale-tudo
O Flamengo resolveu atirar para tudo quanto é lado a fim de tentar fugir do rebaixamento. Athirson foi um dos presentes ontem na igreja de São Judas Tadeu, no Rio, para pedir ajuda ao santo na reta final do campeonato. Detalhe: o lateral não é católico, mas evangélico.

Simbólico
Além de pedir ajuda aos céus, o presidente do clube, Hélio Ferraz, resolveu diminuir o preço dos ingressos não só para o jogo contra o Corinthians mas também contra Botafogo e Guarani. Será cobrado R$ 1,00 do torcedor, que está sendo convocado para ajudar o Flamengo a fugir do rebaixamento.

Aritmética
O Botafogo-RJ termina na semana que vem uma auditoria nas contas do clube, que terá eleições para presidente. A atual diretoria diz que as dívidas chegam a R$ 50 milhões. A oposição fala no dobro.

De fora
O meia Leonardo, que está voltando à ativa pelo Milan, tem dado entrevistas na Europa sobre a Fundação Gol de Letra, que fundou com Raí. Quer receber auxílio financeiro de organizações estrangeiras para o trabalho que a entidade desenvolve em São Paulo e em Niterói.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Antonio Roque Citadini, vice de futebol do Corinthians, sobre Wanderley Luxemburgo:
- Não adianta o Palmeiras ficar apelando para a macumba para se livrar do rebaixamento. Se macumba ganhasse jogo, os times do Luxemburgo seriam sempre campeões.

CONTRA-ATAQUE

Vão-se os anéis, ficam os dedos

Juan Antonio Samaranch, ex-presidente do COI, lançou ontem sua autobiografia "Memórias Olímpicas". Na obra, o dirigente espanhol de 82 anos conta, a partir de seus diários, seus 21 anos à frente da principal entidade esportiva do mundo.
Com prefácio assinado pelo rei Juan Carlos, a publicação louva a administração de Samaranch, na qual "o COI deixou de ser um espaço de barões e marqueses para dar lugar a outra aristocracia: os atletas".
Ele se afirma um "renovador" e "reconciliador" do movimento olímpico mundial.
Entre um e outro auto-elogio, comentou sobre seu volumoso livro, com mais de 400 páginas:
- Escrevi muitíssimo mais do que calei nessa biografia. Só omiti o que poderia incomodar outras pessoas.
Quem não concorda com isso é seu inimigo número 1, o jornalista inglês Andrew Jennings, autor de "Senhor dos Anéis - A Grande Fraude Olímpica", em que denuncia corrupção dentro do COI e o passado franquista do dirigente. Claro que Jennings não foi convidado para a festa.



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