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Amparado nas performances de Shaquille O'Neal e Kobe Bryant, Los Angeles Lakers almeja o tetra
NBA abre caça a dupla dinâmica
MARCELO SAKATE
DA REPORTAGEM LOCAL
Para se tornar o segundo time
na história a ganhar quatro títulos
seguidos, o Los Angeles Lakers estréia hoje na temporada 2002/03
na NBA com a mesma aposta que
lhe rendeu o tri: confiar o desempenho ao pivô Shaquille O'Neal e
ao armador Kobe Bryant.
Até a consagração da atual geração dos Lakers, com os títulos nas
três últimas temporadas, jamais
qualquer equipe campeã nos 55
anos de liga norte-americana de
basquete dependera tanto de dois
atletas para alcançar a vitória.
Em 1999/2000, O'Neal e Bryant
foram responsáveis, juntos, por
51,8% da produção ofensiva da
equipe na temporada regular.
Na campanha do segundo título, a dupla quebrou novamente o
recorde. O pivô marcou 28,7, e o
armador, 28,5 pontos por jogo: o
equivalente a 56,9% dos Lakers.
Na temporada passada, embora
a dependência tenha diminuído,
ela ainda foi a terceira maior para
uma equipe campeã, 51,7%.
Tais índices não foram alcançados por nenhuma das grandes
duplas campeãs da história.
No Chicago Bulls de Michael
Jordan e Scottie Pippen, seis vezes
campeão na década de 90, a dependência esteve sempre na casa
dos 40%. Na campanha do sexto
título, em 1997/98, o índice alcançou a marca mais elevada, 49,4%.
No octacampeonato do Boston
Celtics, entre 1959 e 1966, Bill Russell, Bob Cousy e John Havlicek,
entre outros, jamais conseguiram
marcar, em dupla, mais do que
39,2% dos pontos do time.
Um índice que se verifica dominante, pois em 32 dos 56 campeões a produtividade da dupla
de cestinhas não alcançou 40%.
Somente duas vezes, aliás, uma
equipe já conquistara o título com
dependência superior a 50%.
No distante bicampeonato entre 1948 e 1950, o Minneapolis Lakers baseou seu desempenho no
pivô George Mikan e no ala Jim
Pollard. No primeiro título, foram
responsáveis por 51,3% da produção; no segundo, por 50,1%.
A importância da atual dupla
dos Lakers também pode ser verificada de outra forma. Na última
temporada, com ambos em quadra, o time obteve 49 vitórias em
65 jogos (aproveitamento de
75,4%). Quando um dos dois não
atuou, foram 9 em 17 (52,9%).
O campeão terá como principais oponentes times que se reforçaram e apostaram nos elencos.
O New Jersey Nets, vice-campeão em 2002, cedeu o titular
Keith van Horn para obter o pivô
Dikembe Mutombo, um dos melhores da liga no garrafão, antes
um de seus pontos fracos.
O Sacramento Kings, dono da
melhor campanha em 2001/02 e
derrotado pelos Lakers apenas no
sétimo jogo da decisão do Oeste,
não só manteve os titulares como
ainda reforçou aquele que é considerado o melhor banco da liga,
ao contratar o ala-pivô Keon
Clark (ex-Toronto Raptors).
O San Antonio Spurs perdeu os
armadores Antonio Daniels e
Terry Porter, mas trouxe para a
posição o argentino Emanuel Ginóbili, um dos melhores atletas
do Mundial de Indianápolis, em
setembro, e que atuava na Itália.
Já o outro time do Texas cotado
ao título, o Dallas Mavericks, teve
perdas: os reservas Greg Buckner
(para o Philadelphia 76ers) e
Wang Zhizhi (sem equipe).
NA TV - Orlando Magic x
Philadelphia 76ers, às 21h30,
e LA Lakers x San Antonio Spurs,
à 0h30, na ESPN International
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