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Em nenhum momento ele reagiu, diz médico
DA REPORTAGEM LOCAL
A diretoria do São Paulo e o
Hospital São Luiz, que gerencia o
atendimento médico no estádio
do Morumbi, informaram ontem
que o zagueiro Serginho recebeu
o melhor atendimento possível
para tentar reanimá-lo, mas que,
em nenhum momento, voltou a
apresentar batimentos cardíacos.
O atleta sofreu uma parada cardiorrespiratória no gramado, recebeu o primeiro atendimento
ainda em campo, foi colocado em
uma ambulância, onde tentaram
reanimá-lo, e logo depois foi removido para o centro médico do
estádio. Em seguida, foi levado ao
São Luiz, no Morumbi. Mas por
que ele foi transferido primeiro
para o centro médico do estádio e
não foi direto para o hospital?
"Era a melhor tentativa de ressuscitá-lo. Depois, em situação
mais estável, ele foi levado para o
hospital", argumentou Dino Altmann, coordenador responsável
pela emergência do hospital, que
também disse que o zagueiro não
foi reanimado depois de cair.
Segundo ele, em casos de parada cardiorrespiratória, o procedimento de ressuscitação é de até 50
minutos. "Em momento nenhum
ele teve resposta", disse.
A remoção para a ambulância,
em um carro-maca, durou três
minutos, tempo considerado
"muito bom" por Altmann.
No momento do incidente, a
ambulância ao lado do campo estava trancada. "Há uma recomendação para quem não esteja envolvido [enfermeiros e socorristas] no jogo não ficar em campo.
Eles ficam de prontidão", disse
Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol são-paulino.
Segundo o clube, haviam duas
ambulâncias, cada uma com um
médico, dois enfermeiros e um
socorrista (motorista treinado
para dar primeiros socorros).
Pelo Estatuto do Torcedor, o estádio deve ter uma ambulância
para cada 10 mil torcedores no estádio. Anteontem, haviam 14.500.
"O São Paulo está tranqüilo,
pois sua estrutura permite que o
atendimento necessário seja prestado a todos no estádio", disse o
presidente do time, Marcelo Portugal Gouvêa.
(EDUARDO ARRUDA)
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