São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2004

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Em nenhum momento ele reagiu, diz médico

DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do São Paulo e o Hospital São Luiz, que gerencia o atendimento médico no estádio do Morumbi, informaram ontem que o zagueiro Serginho recebeu o melhor atendimento possível para tentar reanimá-lo, mas que, em nenhum momento, voltou a apresentar batimentos cardíacos.
O atleta sofreu uma parada cardiorrespiratória no gramado, recebeu o primeiro atendimento ainda em campo, foi colocado em uma ambulância, onde tentaram reanimá-lo, e logo depois foi removido para o centro médico do estádio. Em seguida, foi levado ao São Luiz, no Morumbi. Mas por que ele foi transferido primeiro para o centro médico do estádio e não foi direto para o hospital?
"Era a melhor tentativa de ressuscitá-lo. Depois, em situação mais estável, ele foi levado para o hospital", argumentou Dino Altmann, coordenador responsável pela emergência do hospital, que também disse que o zagueiro não foi reanimado depois de cair.
Segundo ele, em casos de parada cardiorrespiratória, o procedimento de ressuscitação é de até 50 minutos. "Em momento nenhum ele teve resposta", disse.
A remoção para a ambulância, em um carro-maca, durou três minutos, tempo considerado "muito bom" por Altmann.
No momento do incidente, a ambulância ao lado do campo estava trancada. "Há uma recomendação para quem não esteja envolvido [enfermeiros e socorristas] no jogo não ficar em campo. Eles ficam de prontidão", disse Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol são-paulino.
Segundo o clube, haviam duas ambulâncias, cada uma com um médico, dois enfermeiros e um socorrista (motorista treinado para dar primeiros socorros).
Pelo Estatuto do Torcedor, o estádio deve ter uma ambulância para cada 10 mil torcedores no estádio. Anteontem, haviam 14.500.
"O São Paulo está tranqüilo, pois sua estrutura permite que o atendimento necessário seja prestado a todos no estádio", disse o presidente do time, Marcelo Portugal Gouvêa. (EDUARDO ARRUDA)


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