São Paulo, sexta-feira, 29 de outubro de 2004

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VÔLEI

Investimento dos favoritos Suzano e Banespa, campeões olímpicos tentam superar falta de entrosamento nas semifinais

Paulista testa o valor dos selecionáveis

DA REPORTAGEM LOCAL

Eles chegaram badalados. Com o ouro olímpico no peito, eram as principais estrelas de um campeonato marcado pelo êxodo e por investimentos em novatos. Mas, exatamente por causa deste status, não conseguiram brilhar.
Nalbert, Rodrigão e André Nascimento entraram em seus times com o Paulista em andamento e, às vésperas das finais, ainda não chegaram ao entrosamento ideal.
O capitão da seleção também amargou um longo período de molho para se recuperar de duas lesões (no ombro e no tornozelo).
A força do trio agora, no entanto, passa a ser fundamental. É neles que Suzano e Banespa apostam para ratificar o favoritismo e chegar à decisão do Paulista.
O Banespa, de Nalbert, abre os mata-matas semifinais hoje, às 20h, contra o Araraquara.
O time do técnico Mauro Grasso construiu a melhor campanha da primeira fase sem o capitão do ouro olímpico. Com ele de titular, nas últimas rodadas, venceu um jogo e perdeu outro, exatamente para o adversário de hoje.
"É, vou ter de ganhar meu lugar no time. A gente tem de matar um leão a cada dia", afirma um bem-humorado Nalbert.
O ponta de 30 anos está confirmado como titular. Grasso acredita que o peso de sua experiência será fundamental para o time.
"Quando ele entrou, houve uma quebra na comunicação da equipe. Mas ele precisa de muito pouco tempo para se adaptar", acredita o treinador, que se surpreendeu com o rendimento do time.
"No primeiro turno, aparecemos como surpresa. Mas, na segunda etapa, confirmamos que tínhamos condições. A garotada respondeu muito bem", completou ele, que comanda jogadores com média de 22 anos.
Atrás do Banespa (11 vitórias e uma derrota) na fase classificatória apareceu o Suzano. Reforçado por dois jogadores de seleção, o time de Ricardo Navajas fez campanha irregular (nove vitórias e três derrotas). O panorama, porém, já era esperado pelo técnico.
"Recebemos os atletas cansados da Olimpíada, estávamos sem o Dirceu [lesionado] e o Vitor [na seleção juvenil] e não tivemos tempo suficiente para treinar. Vôlei não é igual a futebol, exige repetição, treinamento. Na Superliga, estaremos bem, mas nas semifinais, chegamos do jeito que dava", acredita Navajas.
O baixo rendimento na primeira etapa deixou insatisfeitos os campeões olímpicos. "Nossa chegada acabou atrapalhando o time", diz o meio Rodrigão.
Na sua série semifinal, que começa amanhã, o Suzano enfrentará a atual campeã paulista, a Ulbra-São Paulo. O time do Sul terminou a primeira fase na terceira colocação (perdeu quatro vezes).
Para Navajas, o jogo preocupa. Ele preferia estar na pele do maior rival. "O campeonato começa agora. Todo mundo sabia quem seriam os classificados, só ia mudar a ordem. É claro que eu preferia enfrentar Araraquara. Não é menosprezar o adversário, mas é um nível completamente diferente [da Ulbra]", avalia o técnico. (MARIANA LAJOLO)


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