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GINÁSTICA
País lidera em prêmios e pódios neste ano no 3º maior evento da FIG
Brasil torna Copa sinônimo de euros
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o Brasil, participar da Copa
do Mundo de ginástica artística
virou sinônimo de pódios e dinheiro. Isso porque nenhum país
viu suas ginastas amealharem
tantas medalhas e premiações
neste ano quanto as brasileiras.
Ao todo, foram conquistadas 12
medalhas e obtidos 16.880 (cerca de R$ 61,3 mil) em bônus em
quatro etapas neste ano, que permitiram ao Brasil figurar pela primeira vez na história na vice-liderança na classificação do torneio e
despontar na lista de premiações
da temporada, à frente de potências como EUA e Romênia.
A partir de hoje, quando Glasgow abriga mais um estágio do
evento, a hegemonia nacional começa a ser testada, quando Daniele Hypólito, que terá o irmão Diego competindo no masculino, defende sozinha o bom retrospecto
do país, que figurou no pódio em
todas as cinco etapas de que participou desde agosto de 2003.
O status inédito é explicado por
três fatores: 1) o fato de o Brasil ter
abrigado pela primeira vez após
25 anos uma etapa da Copa, no
Rio; 2) o de ter marcado presença
em todas as etapas desde o Mundial-03; e 3) a melhora no nível
técnico das ginastas -neste ano,
quatro atletas alcançaram medalha, enquanto em 2003 só duas.
"Isso é fruto do planejamento
feito em 2001, quando começamos a efetivar a seleção permanente e a filosofia de treino, aliada
a uma melhora na estrutura", diz
Eliane Martins, supervisora da
confederação brasileira.
Segundo ela, a presença de brasileiros no terceiro maior torneio
da FIG -a Copa só perde em importância para o Mundial e a
Olimpíada- foi possível graças à
verba da Lei Piva (a ginástica recebeu R$ 1.585.677,48 neste ano).
Contudo, apesar de o Brasil ter
saltado de sétimo lugar no final de
2003 (três medalhas) para a vice-liderança agora (quando já soma
15 medalhas), Eliane afirma que
ainda não é o ideal. "Para esta etapa em Glasgow e para a próxima
em Gent, na semana que vem,
usamos dinheiro dos patrocínios
da Coca-Cola e da Brasil Telecom,
até por isso foram só dois atletas."
Quem vê com bons olhos o fato
de as brasileiras despontarem é a
federação internacional. "É positivo! Quisera que isso não mudasse nos próximos 20 anos. O sucesso do Brasil contribui para o ideal
da FIG de tornar a Copa um verdadeiro e amplo circuito mundial
de ginástica", diz Philippe Silacci,
diretor de comunicação da FIG.
Em Glasgow, 39 atletas de 14
países estarão disputando os 20
mil em prêmios, que são divididos entre os oito primeiros de cada aparelho. Além disso, os brasileiros buscam pontos para garantir vaga na final da Copa, que será
em dezembro, na Inglaterra.
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