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São Paulo quebra tabu e agenda final
Rogério e Aloísio confirmam decisão da taça para quarta, após time bater Sport no estádio rival pela 1ª vez em Brasileiros
Sport 1
São Paulo 2
MÁRVIO DOS ANJOS
ENVIADO ESPECIAL AO RECIFE
Finalmente a decisão, essa
palavra tão desvalorizada em
tempos de pontos corridos, está marcada no Brasileiro de
2007. Na próxima quarta, no
Morumbi, São Paulo x América-RN, jogo entre os extremos
da tabela, pode consolidar o
penta nacional são-paulino.
"Vamos preparar a festa. Vamos com tudo na quarta", afirmou o volante Hernanes, pernambucano como o Sport, são-paulino como nunca, já recitando a data provável de sua primeira glória como profissional.
É na quarta-feira.
O "agendamento" veio numa
quebra de um tabu em toda a
história dos Brasileiros. Nunca
o São Paulo havia vencido o
Sport na Ilha do Retiro.
Mais de 35 mil torcedores
encheram ontem o estádio recifense, dispostos a defender
essa escrita -já que o primeiro
atrativo, a possibilidade de impedir o título do São Paulo, já
havia sumido com a vitória do
Santos sobre o Goiás por 3 a 0,
na Vila Belmiro, anteontem.
E foi com seu segundo gol de
falta na temporada, contra o
mesmo Sport do primeiro turno, que o goleiro Rogério agregou nova função ao papel de capitão do time: a de pré-agendar
o primeiro jogo do título.
Quando cobrou a falta aos
28min do primeiro tempo, iniciou a quebra de um tabu. Em
Brasileiros, o São Paulo nunca
havia saído da Ilha do Retiro
com uma vitória, e, agora, o time depende de um empate para garantir o penta na quarta.
Marcou seu 77º gol na carreira, o 46º de falta, ao superar a
barreira e achar o canto esquerdo de Magrão -que tomou o
milésimo de Romário. No jogo
do primeiro turno, a vítima havia sido o ex-titular Cléber.
Rogério, no entanto, perdeu
a chance de confirmar o agendamento mais cedo, quando
desperdiçou pênalti num lance
entre Durval em Aloísio, aos
39min do primeiro tempo. Bateu à direita de Magrão, que espalmou a bola à meia-altura.
Coube ao atacante Aloísio sacramentar, aos 17min do segundo tempo, a decisão de
quarta-feira. Após passe de Júnior, o centroavante deu um
corte no marcador e chutou,
sem chances para Magrão.
Não que o Sport tenha sido
passivo. O time pernambucano
tentou o gol desde o começo do
jogo, mas era mais perigoso nos
cruzamentos para a área que
propriamente nos arremates,
pouco perigosos.
Mas o time da Ilha do Retiro
só chegou mesmo quando Da
Silva cobrou forte o pênalti de
Leandro no lateral Dutra, acertando a trave esquerda e a rede
do são-paulino Rogério.
Valente, o Sport continuou
pressionando, mas faltou poder
de decisão a Rosembrick e Carlinhos Bala para empatar o placar na Ilha do Retiro.
O jogo terminou com a pequena torcida são-paulina presente gritando "olé", sendo sufocada pelos brados da do Sport, que repetiu em coro o nome do time e aplaudiu muito o goleiro Magrão.
Depois disso, a torcida rubro-negra deixou o estádio, e aí foi a
vez de Rogério, último a deixar
o gramado, ser saudado pelos
torcedores tricolores.
"Depois da vitória de hoje
[ontem], a chance de nós perdermos o título é muito pequena. Nós não tínhamos certeza
da vitória sobre o Sport quando
viemos para cá. No Morumbi,
com o apoio da torcida, é certeza que [o título] sai. A torcida
vai encher o Morumbi, e Deus
queira que a gente possa devolver todo o apoio com o título",
comentou o goleiro são-paulino na saída do gramado.
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