São Paulo, segunda-feira, 29 de outubro de 2007

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Finazzi cumpre meta e faz Corinthians respirar

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O atacante do Corinthians Finazzi, autor dos dois na vitória de virada sobre o Figueirense, ontem, é abraçado pelo lateral Iran


Atacante marca 2, atinge os 10 gols que prometeu e garante virada no Pacaembu

Corinthians 2
Figueirense 1

DA REPORTAGEM LOCAL

Ele chegou sem a megalomania de outros que prometem o que é impossível para a mediocridade atual corintiana.
Mas Finazzi, 34, cumpriu o que prometeu, e a situação do Corinthians no Brasileiro melhorou. Com os dois gols que anotou contra o Figueirense, no Pacaembu, ele atingiu os dez que prometeu fazer na competição quando foi apresentado, em maio. Marca que parecia modesta para um campeonato de 38 rodadas, mas que é brilhante para a pobreza ofensiva corintiana.
O clube tinha até o início desta rodada o segundo pior ataque da competição.
Em nenhuma das nove rodadas anteriores havia feito mais de um tento num jogo -foram só cinco ao todo no período.
O Corinthians prossegue na zona de degola, mas pode deixá-la na próxima rodada. Tem a chance de superar três equipes -Goiás, Sport e Náutico- que estão à sua frente.
Contra os catarinenses, que estavam invictos havia cinco jogos, Finazzi foi decisivo quando a bola chegou a ele. Foram apenas três finalizações -duas acabaram em gol e outra exigiu defesa do goleiro rival.
Fora Finazzi, o Corinthians só acertou 22% das finalizações que tentou, marca que o colocaria na rabeira desse fundamento nos rankings do Datafolha.
O time paulista manteve a sina de pouco brilho, entretanto manteve o jeito zen que o acompanha neste Nacional -é o time com menos cartões do campeonato (também é o segundo mais disciplinado de toda a era dos pontos corridos). Foram só três amarelos e, como aconteceu em 30 dos 33 jogos da equipe, nenhum vermelho.
O primeiro tempo foi de uma pobreza técnica absoluta. Os goleiros Felipe e Dalton pouco trabalharam. Só 4 das 12 finalizações, segundo o Datafolha, não foram para fora.
Para o placar sair do zero, só com a cobrança de dois pênaltis, ambos cometidos de forma atabalhoada, que tiveram o lateral corintiano Iran como protagonista. Primeiro, ele despencou, aparentemente sem olhar, sobre Ramon. Pênalti convertido aos 43min por Chicão, que bateu com direito a paradinha. O zagueiro chamou atenção no jogo com vários bons passes e um chute de primeira, este na segunda etapa.
Dois minutos depois do gol, foi a vez de Iran ser derrubado dentro da área rival. Finazzi converteu, e o Corinthians foi para o vestiário com o 1 a 1.
Logo no início do segundo tempo, Iran tropeçou com a bola, e Nelsinho Baptista perdeu a paciência com ele. O volante Vampeta entrou, mas desta vez na lateral mesmo. Sobrou empolgação e faltou fôlego para o veterano na posição, tanto que Bruno Octávio acabou entrando para ocupar aquele espaço.
Novamente o jogo ficou pobre em qualidade. E mais uma vez Finazzi tirou o Corinthians da penúria. Aos 23min, ele recebeu na área, cortou com estilo a marcação e chutou rasteiro para virar o jogo no Pacaembu.
O Corinthians só não ampliou porque Carlos Eugênio Simon, juiz cuja escalação foi de agrado do clube, não deu pênalti claro em Bruno Bonfim, o Dentinho, já perto do final.
Restam agora cinco jogos para o Corinthians evitar o rebaixamento. O próximo, na quarta, será bem duro, contra o ascendente Flamengo, em um Maracanã certamente cheio.

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