São Paulo, segunda-feira, 29 de outubro de 2007

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Entrevista

Ministro diz que programa atual já ajuda

LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Orlando Silva Júnior (Esporte) diz que a existência do Programa de Aceleração do Crescimento facilita a realização da Copa. Ele admite a possibilidade de o governo federal gastar mais no evento de futebol do que foi desembolsado no Pan, que custou R$ 3,7 bilhões aos cofres públicos (municipal, estadual e federal), quase 800% mais que o previsto no início.



FOLHA - Que garantias o governo dará para a realização da Copa do Mundo, em termos de investimento público?
ORLANDO SILVA JR.
- Não há definição, ainda, sobre esta matéria. A nossa expectativa é que atividades típicas do Estado devem ter a participação do setor público, e atividades típicas da iniciativa privada devem ser financiadas por investidores privados. E há uma área de intersecção que deve ser realizada com parceria público-privada. Estádios de futebol, arenas, locais de competição, isso tudo pode ser feito com investimento privado. Agora, áreas como segurança pública, que é uma atividade típica do Estado, isso deve ter participação do poder público.

FOLHA - O PAC pode suprir as necessidades da Copa?
SILVA JR.
- A existência do PAC facilita a realização da Copa. Itens que são débeis em infra-estrutura no Brasil já têm investimentos previstos no PAC.

FOLHA - Como evitar uma escalada de gastos como no Pan?
SILVA JR.
- Minha aposta é de que o planejamento para a Copa será consistente, de modo que nós possamos minimizar surpresas.

FOLHA - Lula já falou que o governo deve investir mais na Copa do que no Pan.
SILVA JR.
- Ele disse que o governo pode investir mais na Copa que no Pan.

FOLHA - E pode?
SILVA JR.
- É possível. Não sou adepto à especulação, o fato é que é possível que o governo federal faça investimentos nas cidades que participarão do projeto da Copa, mas os investimentos, mais cedo ou mais tarde, teriam de ser feitos.

FOLHA - Que mensagem o presidente levará a Zurique?
SILVA JR.
- De confiança no país, na capacidade que o Brasil tem de enfrentar desafios. O Pan foi um exemplo. Ele vai transmitir confiança para que a Fifa perceba que o compromisso do governo é absoluto, para que a Copa venha com sucesso.

FOLHA - Como é a relação do ministério e do sr. com a CBF?
SILVA
- A relação se dá no plano institucional, é uma relação respeitosa.

FOLHA - Há mal-estar?
SILVA JR.
- Não. Zero.

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