São Paulo, sábado, 29 de outubro de 2011

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Muricy se poupa por seu sonho

SÉRIE A Na volta ao Santos, técnico admite temor de não ir ao Mundial

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Na volta a um treino do Santos, quase dez dias depois de uma crise de hérnia, o técnico Muricy Ramalho, ainda em recuperação, estava bem--humorado, sorridente.
Mas não foi sempre assim.
As dores sentidas antes do jogo com o Botafogo levaram Muricy a uma internação para três dias de tratamento num hospital de São Paulo.
Desde então, o treinador está afastado do time, vendo de casa a equipe ser dirigida por seu auxiliar, Tata.
Ontem, visitou os atletas. E admitiu que pensou na possibilidade de não ter condições de dirigir o Santos no Mundial, em dezembro.
"No hospital, você só pensa, ninguém te deixa dormir, para dar remédio, fazer exame. É claro que você pensa. Eu pensei [na chance de não ir para o Japão]", afirmou.
O temor de Muricy era que os médicos decidissem por uma cirurgia para curá-lo.
"Por isso, assustei. [Em caso de cirurgia,] o afastamento é longo. Mas sou otimista, sei que não vou precisar operar. Vou me cuidar direitinho, fazer o que mandam. Se tiver recaída, pode ser que meu grande sonho não aconteça."
"Vou me preparar como um jogador para uma batalha", declarou. "Eu sei que é difícil para caramba [vencer o Mundial], mas é possível. O pensamento é nos preservarmos para chegar lá no limite, senão não teremos chance. É contra o Barcelona, pô!"
O treinador conversou rapidamente com os atletas ontem, mas não comandou os trabalhos. "Vim para explicar para eles a minha situação e lembrar da fase do ano em que estamos e do objetivo que ainda temos pela frente."
Muricy disse que o tratamento das dores tem sido feito com medicamentos e fisioterapia. Sua expectativa é estar na beira do campo no duelo com o Vasco, no dia 6 de novembro, na Vila Belmiro.
O técnico também projeta a volta do meia Paulo Henrique Ganso no mesmo duelo.
O jogador, que já se recuperou de uma lesão na coxa sofrida em setembro, foi liberado nesta semana para treinar com os companheiros.
Por precaução, teve o retorno adiado -poderia ser hoje. "Mesmo não estando aqui nesses dias, tenho conversado com o pessoal. Temos que prepará-lo melhor. Temos a obrigação e a responsabilidade de recuperá-lo bem desta vez", afirmou Muricy.
Sem Ganso, Borges, com dores musculares, e Léo, com tendinite, Tata deve manter no Pacaembu o time que iniciou o jogo com o Flamengo.


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