São Paulo, quinta-feira, 29 de novembro de 2007

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vida ou morte

Corinthians perde e prolonga agonia

No Pacaembu lotado, clube leva 1 a 0 do Vasco e agora decide destino na última rodada, contra o Grêmio, no Sul

Equipe permanece fora da zona de rebaixamento, só depende de seu resultado, mas sofre ameaça de Goiás e Paraná para ficar na Série A


EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
RENAN CACIOLI

DA REPORTAGEM LOCAL

Bastava ao Corinthians uma vitória em casa ontem para se livrar do rebaixamento para a Série B. Tarefa muito difícil para um dos piores times da história do clube alvinegro, mesmo empurrado por mais de 35 mil torcedores no Pacaembu.
O Vasco ganhou e prolongou a agonia corintiana até a rodada derradeira do Brasileiro, no domingo. "Foram 37 jogos assim, de sofrimento. Queríamos ter saído antes, mas, infelizmente, não deu", lamentou o goleiro Felipe, herói corintiano em outras jornadas, que nada pôde fazer ontem no gol de Alan Kardec, aos 19min do segundo tempo, que decretou uma nova noite de sofrimento ao seu clube.
O infortúnio só não foi maior porque o Atlético-MG fez 4 a 1 no Goiás no Mineirão e manteve os paulistas fora da zona de descenso. Os resultados ainda deram sobrevida ao Paraná.
Só um deles não vai para a segunda divisão em 2008. O Corinthians, 16º colocado, com 43 pontos, por incrível que pareça, ainda só depende dele.
Para se safar, precisa vencer o Grêmio, que ainda sonha com a Taça Libertadores, em Porto Alegre. Se empatar, precisa que o Goiás, 17º, com 42 pontos, não vença o Internacional em casa e que o Paraná, 18º, com 41, não passe pelo Vasco em São Januário. O Corinthians pode se manter na Série A até se perder no Sul. Para isso, porém, precisa torcer por derrota do Goiás e por empate ou derrota do Paraná.
A triste noite corintiana no Pacaembu foi costurada por um time nervoso, que falhou muito na hora de definir.
Os torcedores, que cantaram e apoiaram durante todo o tempo, deixaram o estádio quase em silêncio. Muitos choravam. O presidente do clube, Andrés Sanches, como de hábito nas numeradas, permaneceu sentado, cabisbaixo.
"A pressão eu também estou fazendo. Não jogamos tão bem e agora, como corintianos, temos que ir a Porto Alegre e apoiar, torcer", disse ele, que ao deixar seu lugar bateu boca com um torcedor revoltado.
Os jogadores deixaram o gramado lamentando as chances perdidas. "A bola não entrou, perdemos vários gols na cara. Os outros ajudaram, mas não fizemos a nossa parte. Agora não tem mais desculpa. Não dá para depender de mais ninguém", afirmou Felipe, o único que teve o nome gritado pelos torcedores após a derrota.
O capitão Betão expôs a fragilidade da equipe, quase como quem joga a toalha. "Futebol é resultado. Não adianta jogar com intensidade, com raça. Mas a nossa equipe é assim."
Herói no empate por 1 a 1 com o Goiás em Goiânia, Fábio Ferreira lamentou o fato de a bola ter desviado nele no gol vascaíno. "Infelizmente a bola não entrou. Não podemos abaixar a cabeça, temos mais um jogo. O time lutou, criamos oportunidades e não marcamos. Para piorar, a bola ainda desviou em mim. Agora temos mais um jogo de vida ou morte", falou.


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