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vida ou morte
Corinthians perde e prolonga agonia
No Pacaembu lotado, clube leva 1 a 0 do Vasco e agora decide destino na última rodada, contra o Grêmio, no Sul
Equipe permanece fora da zona de rebaixamento, só depende de seu resultado, mas sofre ameaça de Goiás e Paraná para ficar na Série A
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Bastava ao Corinthians uma
vitória em casa ontem para se
livrar do rebaixamento para a
Série B. Tarefa muito difícil para um dos piores times da história do clube alvinegro, mesmo empurrado por mais de 35
mil torcedores no Pacaembu.
O Vasco ganhou e prolongou
a agonia corintiana até a rodada
derradeira do Brasileiro, no domingo. "Foram 37 jogos assim,
de sofrimento. Queríamos ter
saído antes, mas, infelizmente,
não deu", lamentou o goleiro
Felipe, herói corintiano em outras jornadas, que nada pôde fazer ontem no gol de Alan Kardec, aos 19min do segundo tempo, que decretou uma nova noite de sofrimento ao seu clube.
O infortúnio só não foi maior
porque o Atlético-MG fez 4 a 1
no Goiás no Mineirão e manteve os paulistas fora da zona de
descenso. Os resultados ainda
deram sobrevida ao Paraná.
Só um deles não vai para a segunda divisão em 2008. O Corinthians, 16º colocado, com 43
pontos, por incrível que pareça,
ainda só depende dele.
Para se safar, precisa vencer
o Grêmio, que ainda sonha com
a Taça Libertadores, em Porto
Alegre. Se empatar, precisa que
o Goiás, 17º, com 42 pontos,
não vença o Internacional em
casa e que o Paraná, 18º, com 41,
não passe pelo Vasco em São
Januário. O Corinthians pode
se manter na Série A até se perder no Sul. Para isso, porém,
precisa torcer por derrota do
Goiás e por empate ou derrota
do Paraná.
A triste noite corintiana no
Pacaembu foi costurada por
um time nervoso, que falhou
muito na hora de definir.
Os torcedores, que cantaram
e apoiaram durante todo o tempo, deixaram o estádio quase
em silêncio. Muitos choravam.
O presidente do clube, Andrés
Sanches, como de hábito nas
numeradas, permaneceu sentado, cabisbaixo.
"A pressão eu também estou
fazendo. Não jogamos tão bem
e agora, como corintianos, temos que ir a Porto Alegre e
apoiar, torcer", disse ele, que ao
deixar seu lugar bateu boca
com um torcedor revoltado.
Os jogadores deixaram o gramado lamentando as chances
perdidas. "A bola não entrou,
perdemos vários gols na cara.
Os outros ajudaram, mas não
fizemos a nossa parte. Agora
não tem mais desculpa. Não dá
para depender de mais ninguém", afirmou Felipe, o único
que teve o nome gritado pelos
torcedores após a derrota.
O capitão Betão expôs a fragilidade da equipe, quase como
quem joga a toalha. "Futebol é
resultado. Não adianta jogar
com intensidade, com raça.
Mas a nossa equipe é assim."
Herói no empate por 1 a 1
com o Goiás em Goiânia, Fábio
Ferreira lamentou o fato de a
bola ter desviado nele no gol
vascaíno. "Infelizmente a bola
não entrou. Não podemos abaixar a cabeça, temos mais um jogo. O time lutou, criamos oportunidades e não marcamos. Para piorar, a bola ainda desviou
em mim. Agora temos mais um
jogo de vida ou morte", falou.
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