São Paulo, segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

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Não-olímpicos recebem quase 40% do dinheiro destinado ao benefício

DA REPORTAGEM LOCAL

Órfãos da Lei Piva, que destina parte do dinheiro das loterias ao esporte olímpico e paraolímpico, os atletas de esportes fora do programa dos Jogos vêem na bolsa-atleta a oportunidade de se desenvolverem com verba governamental.
Dos R$ 40,3 milhões que serão destinados ao programa no ano que vem, 38,7% serão destinados aos bolsos de praticantes de esportes não-olímpicos.
Modalidades como rúgbi, karatê, kung fu, kickboxing e punhobol estão entre as que mais tiveram selecionados para receber o benefício em 2009.
Não é à toa. Dirigentes das entidades que administram essas modalidades estimularam seus praticantes a se inscreverem no programa do governo.
"Temos uma reunião anual e, nela, distribuímos formulário do Ministério do Esporte aos representantes dos jogadores", afirma Nilton Seixas Necchi, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Terrestres, entidade que gerencia no Brasil o punhobol -espécie de vôlei disputado com os punhos.
Em 2009, o punhobol terá 75 atletas contemplados, 35 a mais do que o vôlei e 53 a mais do que o basquete. Mesmo assim, Necchi não considera essa quantia suficiente a ideal.
No início deste ano, em encontro com Djan Madruga, secretário nacional de alto rendimento do Ministério do Esporte, o dirigente solicitou mais bolsas para o punhobol.
"Ele respondeu que a gente já tinha bolsa demais. Mas eu pergunto: Qual é a modalidade coletiva, no Brasil, que tem tantos bons resultados como o punhobol?", diz Necchi, citando as últimas conquistas do país.
"Já fomos campeões mundiais no juvenil e bicampeões mundiais no adulto. Acho que nós poderíamos receber ainda mais bolsas do ministério", acrescenta o dirigente. (MB)


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