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Não-olímpicos recebem quase 40% do dinheiro destinado ao benefício
DA REPORTAGEM LOCAL
Órfãos da Lei Piva, que destina parte do dinheiro das loterias ao esporte olímpico e paraolímpico, os atletas de esportes fora do programa dos Jogos
vêem na bolsa-atleta a oportunidade de se desenvolverem
com verba governamental.
Dos R$ 40,3 milhões que serão destinados ao programa no
ano que vem, 38,7% serão destinados aos bolsos de praticantes de esportes não-olímpicos.
Modalidades como rúgbi, karatê, kung fu, kickboxing e punhobol estão entre as que mais
tiveram selecionados para receber o benefício em 2009.
Não é à toa. Dirigentes das
entidades que administram essas modalidades estimularam
seus praticantes a se inscreverem no programa do governo.
"Temos uma reunião anual e,
nela, distribuímos formulário
do Ministério do Esporte aos
representantes dos jogadores",
afirma Nilton Seixas Necchi,
presidente da Confederação
Brasileira de Desportos Terrestres, entidade que gerencia no
Brasil o punhobol -espécie de
vôlei disputado com os punhos.
Em 2009, o punhobol terá 75
atletas contemplados, 35 a
mais do que o vôlei e 53 a mais
do que o basquete. Mesmo assim, Necchi não considera essa
quantia suficiente a ideal.
No início deste ano, em encontro com Djan Madruga, secretário nacional de alto rendimento do Ministério do Esporte, o dirigente solicitou mais
bolsas para o punhobol.
"Ele respondeu que a gente já
tinha bolsa demais. Mas eu pergunto: Qual é a modalidade coletiva, no Brasil, que tem tantos
bons resultados como o punhobol?", diz Necchi, citando as últimas conquistas do país.
"Já fomos campeões mundiais no juvenil e bicampeões
mundiais no adulto. Acho que
nós poderíamos receber ainda
mais bolsas do ministério",
acrescenta o dirigente.
(MB)
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