São Paulo, sexta-feira, 30 de janeiro de 2004

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Na cidade de Lula, bola agoniza

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto as cidades vizinhas prosperam no futebol, São Bernardo, o município mais populoso da região, sofre para manter seus times profissionais.
Na base do presidente que possivelmente mais gosta de futebol na história do país, o único clube em atividade, o Palestra, está na quarta divisão do Estadual.
Mais tradicional equipe da cidade, mas com o futebol profissional desativado há dois anos, depois de quase uma década de rebaixamentos, o São Bernardo tem a esperança de voltar aos campos disputando a sexta divisão.
"A ingratidão da cidade é muito grande", diz Felipe Cheidde, presidente do clube há quase 40 anos. Ele se queixa de não ter a ajuda da prefeitura e das empresas locais. "Não consigo mais bancar do meu bolso o clube", afirma o dirigente, que garante ter investido, com recursos próprios, US$ 2,2 milhões no São Bernardo durante o seu longo comando -agora, quer gastar R$ 40 mil mensais.
Para permanecer vivo, o Palestra tem um plano inusitado. O clube está usando parte do terreno que o abriga para construir um colégio particular. Parte do dinheiro das mensalidades será usado para bancar gastos do time.
A lista dos que pouco fizeram para São Bernardo prosperar no futebol inclui o morador mais ilustre do município. "O Lula sempre foi muito ocupado, não tinha tempo para isso", diz Cheidde sobre a participação do presidente na vida de seu clube. (PC)


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